Política

Eleições autárquicas. O PS perde 11,5% de votos nas grandes cidades, com destaque para Lisboa, Sintra, Gaia e Porto. Sessenta e seis câmaras mudam de cor política. O PS perde 3,6% dos votos face às autárquicas anteriores, o PSD ganha 1,8%, o PCP e o BE perdem 1,3% e 0,4%, respetivamente, e o CDS perde 2,3%, iniciando um processo de declínio. Carlos Moedas (PSD) ganha a Câmara Municipal de Lisboa a Fernando Medina (PS), mas sem garantir maioria absoluta na Assembleia Municipal.

Portugal deixa de ter concelhos em risco extremo de infeção (mais de 960 casos por cem mil habitantes).

O presidente do PSD, Rui Rio, apela aos partidos para que procedam a uma descentralização de alguns órgãos políticos fundamentais, com um projeto de lei social-democrata para transferir o Tribunal Constitucional e o Supremo Tribunal Administrativo de Lisboa para Coimbra. O projeto de lei 516/XIV/2 vai a votação na Assembleia da República a 5 de novembro, sendo rejeitado por força da maioria de abstenções do PS, e de outros partidos que votaram contra.

Reunião do Conselho de Estado no Palácio da Cidadela, em Cascais, no qual participa, a convite do Presidente da República, o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, o português António Vitorino.

O eurodeputado do PSD Paulo Rangel assume a homossexualidade em entrevista televisionada, de modo a evitar «campanhas negras» e lançar a sua candidatura para substituir Rui Rio na direção do partido após as eleições autárquicas.

O PS, sem maioria absoluta no Parlamento e sem «gerigonça» oficializada com os partidos à sua esquerda, tenta continuadamente garantir uma fórmula política que garanta a aprovação futura do Orçamento de Estado pela Assembleia da República.

Os EUA lançam um ataque aéreo, afirmando ter matado o membro do Estado Islâmico que se crê ter planeado as bombas no aeroporto de Cabul. Mais tarde, o Departamento de Defesa dos EUA admite que o ataque matou 10 civis, incluindo sete crianças, e que não foram mortos nenhuns terroristas.

O Governo anuncia que Portugal passa do estado de calamidade para o estado de contingência. São decididas menos restrições na restauração e nos recintos desportivos, e na lotação de lojas e serviços públicos. Acabam os limites de lotação nos transportes públicos.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) recomenda a vacinação universal das 400 mil crianças entre os 12 e os 15 anos.

O Presidente da República promulga os diplomas que alteram as leis da Defesa Nacional e da Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas, as quais geram desde logo grande controvérsia nos três ramos das Forças Armadas.