uase metade da população portuguesa viveria na pobreza sem os apoios do Estado. Mais de dois milhões de idosos recebem pensões de reforma, mais de um milhão de pessoas o abono de família, quase 800 mil viúvos e órfãos têm pensão de sobrevivência e metade dos que não trabalhavam recebiam subsídio de desemprego no ano passado.
As pensões absorvem hoje a esmagadora maioria do orçamento da Segurança Social, financiado sobretudo com os impostos dos trabalhadores e empresas, mas também com receitas dos jogos e outras verbas do Orçamento do Estado.
Com uma população cada vez mais envelhecida e menos jovens a trabalhar, as contribuições quase já não chegam para pagar as pensões de hoje. E, neste acordo entre gerações, a garantia de um apoio na velhice parece incerta para quem agora começa a descontar para a Segurança Social.
Que soluções há para reformar o sistema de pensões e apoios? Que outras formas de financiamento podem evitar a sua implosão? E mesmo que tudo corra bem, as reformas que recebermos no futuro vão garantir-nos uma vida e velhice protegida?
Debater os grandes temas que desafiam Portugal e o mundo, colocando frente a frente conceituados especialistas nacionais e/ou internacionais e uma plateia selecionada. É este o desafio do Fronteiras XXI, programa mensal da RTP3 que resulta de uma parceria entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos e a RTP.
Ao longo de 90 minutos, discutem-se temas que marcam a atualidade, mas também outros, menos mediáticos, que afetam o dia a dia dos portugueses para falar do presente a pensar no futuro.