A OpenAI lança o ChatGPT, um chatbot de inteligência artificial capaz de responder a questões e de escrever ensaios. Este modelo foi treinado em textos que um ser humano demoraria 5000 anos a ler.
Prémio Nobel da Química ex aequo para Carolyn R. Bertozzi (EUA), Morten Meldal (Dinamarca) e K. Barry Sharpless, da Universidade de Stanford (EUA), que é Nobel pela segunda vez.
Prémio Nobel da Física ex aequo para Alain Aspect, da Universidade de Paris (França), John F. Clauser (EUA), e Anton Zeilinger, da Universidade de Viena (Áustria), por terem superado dúvidas da comunidade científica sobre a teoria quântica.
O DART da NASA colide com o asteroide Dimorfos num primeiro teste para uma possível defesa planetária face a corpos celestes que, no futuro, possam colidir com o planeta Terra.
Morre o virologista francês Luc Montagnier (1932-2022), responsável pela descoberta do vírus da sida (VIH), em 1983, em consonância com descoberta semelhante de Robert Gallo, nos EUA. Em 2008 recebeu o Prémio Nobel em Fisiologia ou Medicina, com Françoise Barré-Sinoussi. Durante a pandemia, ficou famoso por apoiar as teorias segundo as quais a covid-19 teria sido deliberadamente criada em laboratório.
O Reino Unido aprova a vacina da AstraZeneca-Oxford, tornando-se esta a segunda disponível. Trata-se de uma vacina mais fácil de armazenar, dado requerer apenas as temperaturas normais de um frigorífico, o que facilita a sua distribuição.
Titular da cátedra Henry Semat, de Física Teórica, na City University de Nova Iorque, lecionou ao longo de décadas na CUNY School, além de Harvard e Princeton. Especializou-se na teoria do campo unificado de Einstein (que tem procurado completar) e na previsão de tendências relevantes para as empresas, a medicina, as dinâmicas financeiras e o nosso modo de vida em geral. Coautor da teoria das cordas, a maior ambição de Kaku é tornar realidade o sonho de Einstein: encontrar uma «teoria de tudo» que resuma todas as leis físicas do universo. De entre as suas várias obras destacam-se «O Futuro da Humanidade», «Hiberespaço», «O Futuro da Mente», «A Física do Futuro» e «A Física do Impossível», todas de enorme sucesso comercial. Participa regularmente em programas televisivos e modera programas científicos na televisão e na rádio. Rosto público do Science Channel, Michio Kaku foi o apresentador de «Visions of the Future» (BBC-TV), um documentário sobre o futuro da ciência, e de uma série científica de 12 episódios baseada no seu best-seller «A Física do Impossível», além de intervir regularmente em programas da Fox News. Os seus artigos são publicados na «Time Magazine», «New Scientist Magazine», «Wired Magazine», «The Wall Street Journal», «The New York Times» ou no «Washington Post».
Jornalista, foi diretor de informação da RTP e da TVI, em simultâneo com a edição e apresentação do Telejornal (RTP) e do Jornal das 8 (TVI). Iniciou a sua carreira na rádio e, em 1992, integrou a equipa fundadora da primeira estação televisiva privada em Portugal, a SIC, onde apresentou o Jornal da Noite. Lecionou na Escola Superior de Comunicação Social e co-coordenou a pós-graduação em jornalismo do ISCTE/Media Capital. A convite do Presidente da República, inaugurou o programa «Jornalistas no Palácio de Belém», em 2018.
Biólogo do desenvolvimento e evolução, é cientista, professor, autor de livros de ciência e divulgação de ciência, e produtor cinematográfico. Dirige o departamento de Educação para a Ciência do Howard Hughes Medical Institute e o HHMI Tangled Bank Studio. É professor de Biologia na University of Maryland e professor emérito na University of Wisconsin. Recebeu o Rockefeller University’s Lewis Thomas Prize for Writing About Science em 2016.
Licenciou-se, doutorou-se e lecionou no Instituto Superior Técnico (1971-97). Em 1998, tornou-se Professor Catedrático no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB-Nova) onde, já retirado, ainda dirige um laboratório. Foi bolseiro NATO na Universidade de Oxford (RU) e da Fundação A. v. Humboldt no Instituto Max-Planck para a Investigação do Carvão e na Universidade Técnica de Munique, ambos na Alemanha. A sua investigação centra-se na aplicação da Química Organometálica e da Química Inorgânica em Catálise e em Medicina. Cofundador de uma start-up dedicada à descoberta de medicamentos baseados em Monóxido de Carbono para terapia de doenças inflamatórias. Coautor de ca. 220 artigos científicos e patentes.
Foi professor de Química Física na Universidade de Oxford de 1965 até à sua reforma, em 2007. Os seus interesses de pesquisa focavam-se na Química Teórica e Ressonância Magnética, mas o seu interesse voltou-se para a escrita. Publicou mais de 70 livros, incluindo manuais universitários e livros de ciência para o grande público. O mais conhecido dos primeiros é o seu livro «Physical Chemistry», que vai já na sua décima primeira edição e é usado por todo o mundo. Atkins continua a realizar palestras e é um proponente ativo de várias associações humanistas e seculares. Em 2016, recebeu um prémio da American Chemical Society para a comunicação da Química para o público.
Coautora do livro «A Ciência da Juventude» (Elsinore, 2017). Psicóloga, estuda o envelhecimento e a obesidade, e dirige o Centro de Envelhecimento, Metabolismo e Emoções da Universidade da Califórnia, em São Francisco.
Jornalista de ciência na rádio, televisão e imprensa. Com formação na Columbia University de Nova Iorque, na NOVA e na Haute École ICHEC in Brussels, foi também coordenador de comunicação do ISCTE-IUL. Foi distinguido pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação e pela revista online Ciência Hoje.
Escritora, produtora e realizadora, vencedora de um Emmy, tendo-se especializado em comunicação de ciência. Cocriou a série televisiva Cosmos, apresentada por Carl Sagan, escreveu e produziu as sequelas Cosmos: Uma Viagem no Espaço-Tempo (2014) e Cosmos: Mundos Possíveis (2020), além de assinar o livro com o mesmo nome (Gradiva, 2020). Foi diretora criativa do Voyager Interstellar Message Project da NASA, os discos de ouro transportados pelas naves Voyager 1 e Voyager 2.
Doutorada em Bioquímica pela University College London (UCL), Camilla Pang é cientista de pós-doutoramento, tendo-se especializado em bioinformática translacional numa empresa farmacêutica onde se desenvolvem tratamentos para doenças de raiz imunológica e neurológica. Escreveu «Explaining Humans» (Penguin Viking, Março de 2020), um livro de memórias que parte dos princípios científicos para compreender o comportamento humano, na perspetiva de uma pessoa que sofre de autismo e de perturbação de hiperatividade e défice de atenção. A obra foi finalista do Prémio de Melhor Livro Científico 2020, do Royal Society Insight Investment.
Neurocientista português, é CEO e diretor do maior centro de pesquisa sobre o cérebro do mundo, o Zuckerman Mind Brain Behavior Institute, nos EUA. É professor na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Investiga a neurobiologia da ação na saúde e na doença. O seu laboratório utiliza abordagens da genética, da eletrofisiologia, da ótica e do comportamento para investigar os mecanismos que subjazem à ativação da ação e à aprendizagem da ação. As suas descobertas deram origem a novas hipóteses sobre os mecanismos subjacentes à criação de movimento e sobre as disfunções motoras na doença de Parkinson.
Formado na Universidade de Lisboa em 1996, iniciou no ano seguinte o programa GABBA (Graduate Program in Areas of Basic and Applied Biology), da Universidade do Porto. Fez os estudos de pós-doutoramento com Alcino Silva, na UCLA (Universidade da Califórnia, em Los Angeles) e depois o trabalho de pós-doutoramento com Miguel Nicolelis, na Universidade Duke.
Foi diretor da Champalimaud Research e diretor-adjunto e investigador do Programa Champalimaud de Neurociências. Em 2012, tornou-se international early career scientist no Howard Hughes Medical Institute e recebeu o prémio Young Investigator da Society for Neuroscience. É presidente do American-Portuguese Biomedical Research Fund.
Foi galardoado com a medalha Ariëns Kappers da Academia Real das Artes e Ciências dos Países Baixos e com o prémio U19 Brain Initiative Award (15,3 milhões de dólares para cinco anos). É membro da Academia Nacional de Medicina. É comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada (2014) e recebeu a medalha de prata do Ministério da Saúde português (2014).