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Pessoas passeiam de cabeça baixa, num jardim em dia de nevoeiro, sob um fundo cinzento. Crédito Canva

Saber gerir a tristeza e a solidão

Estas duas emoções acompanham-nos, de diferentes formas e intensidades, da infância até ao fim da vida. Quando se podem tornar preocupantes? A que sinais devemos estar atentos? Este é o tema do quarto episódio do poscast «Eu posso ser...», uma parceria da Fundação com o Observador Lab, baseado no livro «Tristeza e Solidão».
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A tristeza e a solidão são experiências universais, presentes ao longo de toda a vida, mas que frequentemente permanecem invisíveis ou mal compreendidas.

No livro «Tristeza e Solidão: Reflexões e Estratégias ao Longo da Vida», reforça-se que estas vivências não pertencem apenas à idade adulta ou à velhice: surgem desde a infância e acompanham-nos de diferentes formas e intensidades.

A tristeza, ainda que muitas vezes vista como negativa, é uma emoção adaptativa que permite reorganizar, refletir e restabelecer equilíbrio. Por sua vez a solidão, não depende da presença física de outros, é um sentimento subjetivo de desconexão, capaz de surgir mesmo no meio da multidão.

A solidão transforma-se num sinal de alerta quando deixa de ser passageira e começa a interferir no quotidiano: quando faltam motivação, energia ou vontade de estar com os outros. É importante estar-se atento à linha ténue existente entre isolamento saudável e isolamento prejudicial, de forma a intervir precocemente.

Assim, reconhecer tristeza e solidão é um passo fundamental para a saúde psicológica. Em vez de serem evitadas ou silenciadas, devem ser compreendidas, expressas e trabalhadas, seja através da construção de relações significativas, do desenvolvimento de competências socioemocionais ou da procura de apoio especializado quando necessário.

O livro oferece essa compreensão teórica e prática, enfatizando fatores de risco, impactos ao longo da vida e estratégias de regulação emocional.

Ao legitimarmos estas emoções, abrimos espaço para a sua transformação em crescimento, ligação e bem-estar, a mudança pode começar num gesto simples, como perguntar com verdadeira intenção: «Está tudo bem contigo?»

Ouça o quarto episódio «Eu posso ser....», disponível nas plataformas habituais e no site da Fundação.

 

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