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E depois da revolução: saúde e economia

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Após cinco décadas de democracia, o que está ainda por fazer na saúde e na economia? O que podem ambicionar os jovens para o futuro? Como garantir uma sociedade mais próspera e equitativa?

A rapper Capicua, a médica Margarida Graça Santos e o economista José Pedro Sousa juntaram-se no Coliseu Porto AGEAS para falar sobre as aspirações de quem, já nascido em democracia, quer um futuro com melhor.

Pensar a saúde a longo prazo, apostar na prevenção, diversificar o tecido económico português e valorizar as gerações mais qualificadas de sempre foram algumas das ideias que marcaram o debate.

Apesar dos inegáveis progressos feitos na saúde, «descentralizada e de qualidade», na educação e no tecido económico do país, há ainda muitos problemas para resolver. «A pobreza e a doença estão de mãos dadas.

Não podemos dissociar a economia da saúde, da educação», diz a médica de família Margarida Graça Santos, alertando para a urgência de definir políticas para os cuidados à população que não estejam «dependentes das crenças pessoais de cada líder político».

«O combate à desigualdade faz-se também através de uma boa comunicação», defende, lembrando que esta é uma necessidade transversal à saúde e à economia.

A necessidade de descomplicar a relação entre os especialistas e os cidadãos é também defendida pelo economista José Pedro Sousa. «Nós esquecemo-nos de que a política deve ser um exercício sobre a simplificação de temas complexos», afirma, lembrando a sua importância para aproximar a sociedade da discussão e resolução de problemas fundamentais.

«É preciso voltar a ter os desígnios nacionais, que nos mobilizaram enquanto sociedade para objetivos muito ambiciosos», como aconteceu com a educação e o combate ao analfabetismo ou a construção de um sistema de saúde.

«Estamos a sofrer uma consequência negativa do sucesso que tivemos após o 25 de abril. Nós formamos várias gerações com qualificações espetaculares, mas a nossa economia não tem condições para receber estas pessoas».

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2023

Portugal hoje é muito diferente do que era há 50 anos. Quase cinco décadas depois, que mudanças profundas aconteceram no país? E que lições devemos retirar para melhorar o futuro? 

A Fundação tem um extenso programa para refletir sobre o que mudou e o que é preciso garantir para melhorar a democracia nacional. 

Um programa que começa no Quartel do Carmo onde o regime caiu – com o evento «Cinco décadas de democracia, o que mudou?» – e se estende a mais debates, uma série de oito minidocumentários, documentários, publicações e estudos, que vão permitir pensar e construir o futuro coletivo.

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