Portugal juntou-se tarde ao combate às alterações climáticas e não está preparado para enfrentar os desafios climáticos presentes e futuros. Apesar dos acordos internacionais e das políticas europeias, o país só despertou coletivamente para a mudança climática a partir de 2017, depois dos grandes incêndios de junho e outubro que fizeram mais de uma centena de mortos.
A comunidade científica tem dado conta de que a redução da precipitação, as ondas de calor, os incêndios e o aquecimento regional fazem do território português um «climate hotspot». Ou seja, o país é particularmente vulnerável aos efeitos das alterações climáticas. Por cada grau de aquecimento global, o país aquece a um ritmo de 1.2ºC.
E, a longo prazo, o cenário vai agravar-se: há múltiplas projeções a dar conta de que estes fenómenos vão intensificar-se.
Como é que este problema se reflete e vai continuar a refletir na saúde pública, na agricultura, no turismo e nas zonas costeiras? Que medidas são necessárias para garantir a adaptação do país a esta crise?
Este debate, organizado em parceria com a SIC, conta com um painel de quatro especialistas. A Pedro Matos Soares, professor auxiliar na FCUL com 30 anos de experiência em Modelação Climática e Alterações Climáticas, juntam-se Maria José Roxo, investigadora e professora catedrática do Departamento de Geografia e Planeamento Regional da FCSH, Celso Pinto, coordenador do Núcleo de Monitorização Costeira e Risco da Agência Portuguesa do Ambiente e Helena Freitas, professora catedrática da Universidade de Coimbra e representante nacional do programa «Man and the Biosphere» da ONU.
Cinco décadas de Democracia é uma parceria Fundação Francisco Manuel dos Santos/SIC/Expresso.
Portugal hoje é muito diferente do que era há 50 anos. Quase cinco décadas depois, que mudanças profundas aconteceram no país? E que lições devemos retirar para melhorar o futuro?
A Fundação tem um extenso programa para refletir sobre o que mudou e o que é preciso garantir para melhorar a democracia nacional.
Um programa que começa no Quartel do Carmo onde o regime caiu – com o evento «Cinco décadas de democracia, o que mudou?» – e se estende a mais debates, uma série de oito minidocumentários, documentários, publicações e estudos, que vão permitir pensar e construir o futuro coletivo.