Como é que a esperança média de vida aumentou tão significativamente, em Portugal, nos últimos 50 anos? A melhoria das condições laborais e do rendimento, assim como a democratização da habitação com água canalizada e saneamento básico, explicam a uma parte da evolução.
Estas condições sociais, a par da criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em 1979, e da entrada na então CEE, em 1986, alteraram o padrão das condições de vida e saúde em Portugal. Prova disso foi a drástica diminuição da mortalidade infantil, parâmetro em que Portugal rapidamente ultrapassou boa parte dos países mais prósperos e desenvolvidos do mundo.
Apesar destes e de outros progressos, há uma doença que se mantém no primeiro lugar das causas de morte – as doenças do aparelho circulatório, nomeadamente tromboses e acidentes vasculares cerebrais. Porquê?
Neste documentário encontramos algumas das razões para esses resultados – desde logo o facto de Portugal ser o campeão da inatividade física e do sedentarismo, na Europa. Mas outros problemas agravam o estado geral da saúde dos portugueses: o país está no topo dos países da União Europeia com maior consumo de antidepressivos e com mais elevada percentagem de população com perturbações de saúde mental – 22% contra 16,7% da média da UE, segundo o relatório de 2023 da OCDE.
Ao fim de cinco décadas de democracia, como podemos aumentar a saúde e a qualidade de vida dos portugueses?
Portugal hoje é muito diferente do que era há 50 anos. Quase cinco décadas depois, que mudanças profundas aconteceram no país? E que lições devemos retirar para melhorar o futuro?
A Fundação tem um extenso programa para refletir sobre o que mudou e o que é preciso garantir para melhorar a democracia nacional.
Um programa que começa no Quartel do Carmo onde o regime caiu – com o evento «Cinco décadas de democracia, o que mudou?» – e se estende a mais debates, uma série de oito minidocumentários, documentários, publicações e estudos, que vão permitir pensar e construir o futuro coletivo.