É colocada em Braga uma estátua do cónego Melo (Eduardo Melo Peixoto, 1927-2008), apesar da contestação do BE e do PCP, que descrevem o homenageado como um «antidemocrata». A iniciativa, datável de 2002, partira de um grupo de cidadãos de Braga, celebrando assim aquele vigário geral da arquidiocese durante mais de três décadas. Na Câmara Municipal de Braga, a colocação do monumento fora aprovada com os votos favoráveis do PS e com a abstenção dos vereadores eleitos pela coligação Juntos por Braga (PSD, CDS-PP e PPM). Segundo o presidente da Câmara, Mesquita Machado, a estátua «quer homenagear o cidadão cónego de Melo. [...] Era um grande bracarense e, como tal, é essa homenagem que nós lhe devemos. O resto tem que ser abstraído». O resto é a alegada participação do cónego Melo na organização de extrema-direita Exército de Libertação Portugal/ Movimento Democrático de Libertação de Portugal (ELP/MDLP), que promoveu a destruição de sedes do PCP e de organizações de extrema-esquerda e apoiou atentados bombistas, designadamente o que vitimou o padre Max a 2 de abril de 1976. O cónego Melo era Comendador da Ordem de Mérito, distinção concedida pelo Presidente da República Mário Soares. A 13 de agosto, a estátua é vandalizada. As palavras «fascista» e «assassino» são inscritas na base e a escultura de bronze é manchada com tinta azul.