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Hoje, 54% das casas em Portugal têm animais de estimação. No total, são 5,8 milhões de cães, gatos, pássaros e até mesmo jiboias e outras espécies exóticas e perigosas. Eles passaram a integrar a família e a sociedade, tendo conquistado um estatuto jurídico distinto dos outros bichos. Em caso de divórcio, por exemplo, o juiz decide como se de um filho se tratasse. A guarda partilhada de cães e gatos é cada vez mais frequente.

Para as pessoas não serem chamadas a tribunal por mau comportamento dos bichos, existem diversas instituições dedicadas ao ensino das boas regras de socialização. Os cães podem frequentar creches, escolas e até universidades próprias, onde adquirem as competências necessárias para conviver com humanos e outras espécies de animais. Também existem hotéis para quando os donos vão de férias e não os podem levar consigo. E surgem cada vez mais lojas especializadas em animais de companhia, que vendem de ração orgânica, a brinquedos, acessórios e mobiliário.

E a própria sociedade tem mudado para os acolher: já há empresas em Portugal que dão licenças de maternidade aos colaboradores que tiverem adotado um cão. Os animais de estimação passaram a estar em todo o lado. Em casa, no trabalho, no café. Porque eles oferecem mais do que só companhia. São verdadeiros aliados na saúde e na doença. Alguns animais têm mesmo uma função terapêutica e outros proporcionam um apoio social valioso, como acontece com quem não vê.

Apesar de tudo isto, os animais não são tratados de forma igual. Os canis municipais estão sobrelotados. Cerca de 40 mil animais são recolhidos das ruas todos os anos, segundo dados da Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios. Mas outros tantos milhares não têm vaga nos centros de acolhimento. O que pode colocar a segurança e a saúde pública em risco, alerta a Ordem dos Médicos Veterinários. Como é que se previne o abandono de animais?

Neste episódio de Fronteiras XXI, debatemos a relação que hoje temos com os animais. A sua hierarquização, os critérios que orientam essa ordem de importância e como decidimos que espécies preservar. Da “humanização”, aos deveres do Homem para com os bichos e aos seus novos direitos.

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Fronteiras XXI, um programa de debate semanal da Fundação Francisco Manuel dos Santos, emitido na RTP
Série
Debate
59EPISÓDIOS
2017

Debater os grandes temas que desafiam Portugal e o mundo, colocando frente a frente conceituados especialistas nacionais e/ou internacionais e uma plateia selecionada. É este o desafio do Fronteiras XXI, programa mensal da RTP3 que resulta de uma parceria entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos e a RTP.

Ao longo de 90 minutos, discutem-se temas que marcam a atualidade, mas também outros, menos mediáticos, que afetam o dia a dia dos portugueses para falar do presente a pensar no futuro.
 

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