Ao longo dos últimos cinquenta anos, a educação sofreu profundas e importantes alterações, que estão retratadas nas infografias apresentadas pela Pordata e pela Rede de Bibliotecas Escolares.
Durante a sessão conduzida pelo humorista Hugo van der Ding, os alunos que encheram o auditório da Escola Secundária Camões, em Lisboa, responderam de forma interativa a perguntas sobre a realidade da educação em 1970, e compararam os resultados com aqueles que hoje o país tem hoje.
Os resultados de cada uma das questões foram sendo explicados por Mónica Vieira, coordenadora-geral da Inciativa Educação, e pelo economista Pedro Freitas.
Em 1970, por cada dois homens que não sabia ler, havia três mulheres. «Isso limitava a mulher na sua independência, ao emprego em tarefas manuais ou a serem donas de casa» disse o economista, sublinhando que «a desigualdade salarial que temos hoje também decorre desta diferença de acesso à educação».
Entre explicações, Mónica Vieira destacou que a pouca qualificação dos portugueses face a outros países europeus, justifica, em parte, o facto de a economia portuguesa não crescer. «Se em 1974 os homens estavam em maioria no ensino superior, hoje a tendência inverteu-se e as mulheres que são a maioria dos licenciados», garantiu.
Portugal hoje é muito diferente do que era há 50 anos. Quase cinco décadas depois, que mudanças profundas aconteceram no país? E que lições devemos retirar para melhorar o futuro?
A Fundação tem um extenso programa para refletir sobre o que mudou e o que é preciso garantir para melhorar a democracia nacional.
Um programa que começa no Quartel do Carmo onde o regime caiu – com o evento «Cinco décadas de democracia, o que mudou?» – e se estende a mais debates, uma série de oito minidocumentários, documentários, publicações e estudos, que vão permitir pensar e construir o futuro coletivo.