A Pordata e a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) retratam os 50 anos de democracia numa exposição de infografias, que mostram o que mudou no país entre a década de 1970 e a atualidade, em áreas como a natalidade, educação, transportes, envelhecimento, trabalho ou eleições.
«Estas histórias ganharam vida porque uma professora da Escola Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim, nos escreveu a pedir as infografias em papel, já que estavam a preparar as atividades do 25 de Abril» explicou Luísa Loura, diretora da Pordata, durante a inauguração que decorreu na Escola Secundária de Camões, em Lisboa.
A partir daí, foi trabalhar a ideia até chegar a esta coleção infográfica, que será levada a mais de 400 escolas portuguesas, chegando a 650 mil alunos.
A sessão de abertura contou ainda com o contributo de João Jaime Pires, diretor da escola, e de Manuela Pargana Silva, diretora da RBE, para quem as infografias são uma «fonte de conhecimento da nossa história e da nossa memória», garantindo «um olhar mais profundo» sobre as cinco décadas de democracia portugesa. «Temos de valorizar o regime democrático e isso só será benéfico se for sustentado em ciência», sublinhou.
À inauguração, seguiu-se um debate sobre as transformações que ocorreram na educação, moderado pelo humorista e guionista Hugo van der Ding.
Portugal hoje é muito diferente do que era há 50 anos. Quase cinco décadas depois, que mudanças profundas aconteceram no país? E que lições devemos retirar para melhorar o futuro?
A Fundação tem um extenso programa para refletir sobre o que mudou e o que é preciso garantir para melhorar a democracia nacional.
Um programa que começa no Quartel do Carmo onde o regime caiu – com o evento «Cinco décadas de democracia, o que mudou?» – e se estende a mais debates, uma série de oito minidocumentários, documentários, publicações e estudos, que vão permitir pensar e construir o futuro coletivo.