O 25 de abril consagrou o direito ao voto em eleições livres, justas e universais. No primeiro ato eleitoral que se seguiu à Revolução, os portugueses mobilizaram-se em massa, e apenas 8,5% não foram às urnas.
Cinquenta anos passados, os tempos áureos da participação política terminaram e a quantidade de cidadãos que vai votar está muito abaixo da média da Europa. Em 2019, a taxa de abstenção em Portugal fixou-se nos 51,4%, a mais elevada desde que vivemos em Democracia.
E se a população se mostra descrente no voto em eleições nacionais, a nível europeu a realidade é ainda mais preocupante. Na última corrida ao Parlamento Europeu, 69,3% dos portugueses não votou, tornando Portugal o sexto estado-membro com menor participação.
Como se pode reverter esta apatia política? Que mudanças são necessárias no sistema eleitoral, funcionamento dos partidos, ou no exercício do voto para incentivar a participação? Que experiências têm conseguido atrair com sucesso os cidadãos?
Neste debate, organizado em parceria com a SIC, chamamos à conversa Pedro Magalhães, investigador coordenador do ICS-ULisboa, Roberto Falanga, investigador na mesma instituição, Ana Gabriela Cabilhas, ex-presidente da Federação Académica do Porto, e a advogada Leonor Caldeira.
Cinco décadas de Democracia é uma parceria Fundação Francisco Manuel dos Santos/SIC/Expresso.
Portugal hoje é muito diferente do que era há 50 anos. Quase cinco décadas depois, que mudanças profundas aconteceram no país? E que lições devemos retirar para melhorar o futuro?
A Fundação tem um extenso programa para refletir sobre o que mudou e o que é preciso garantir para melhorar a democracia nacional.
Um programa que começa no Quartel do Carmo onde o regime caiu – com o evento «Cinco décadas de democracia, o que mudou?» – e se estende a mais debates, uma série de oito minidocumentários, documentários, publicações e estudos, que vão permitir pensar e construir o futuro coletivo.