Uma concentração na Cidade Universitária de Lisboa termina com uma violenta carga policial sobre os estudantes. Há estudantes espancados e presos, instalações universitárias cercadas e cantinas ocupadas. Muitos professores e parte das autoridades universitárias reagem negativamente à violência policial.
Marcello Caetano pede ao ministro da Educação a sua exoneração de reitor da Universidade de Lisboa, por não lhe ter sido concedida «a audiência pedida para informar o Governo acerca dos acontecimentos do dia 24 e dele obter a orientação necessária para o que se seguisse».
Em Lisboa, os estudantes são libertados e a cantina é reaberta. Lopes de Almeida, ministro da Educação, recebe, a pedido do Senado Universitário de Lisboa, uma delegação estudantil a quem declara autorizar as comemorações do Dia do Estudante em data próxima, com a condição de os estudantes submeterem o respetivo programa aos reitores das universidades, que por sua vez o submeteriam à aprovação do Ministério. O facto leva a imprensa escrita a noticiar os incidentes pela primeira vez.
Marcelo Caetano pede novamente a sua exoneração de reitor da Universidade de Lisboa, por se achar desautorizado pela alegada «concessão» feita pelo ministro, que ele, reitor, tinha afirmado aos estudantes «ser impossível».
Marcelo Caetano é recebido em audiência pelo ministro da Educação, que lhe reitera a confiança do Governo. Caetano aceita permanecer como reitor, insistindo porém na necessidade de o ministro o manter «ao corrente da orientação da sua política em geral», para que «nela pudesse colaborar com consciência e com autoridade». O Dia do Estudante fica marcado para 7 e 8 de abril.