A democracia pressupõe uma sociedade pluralista. E só uma sociedade plural que se constitua como garante de iguais direitos para todos os seus membros consolida a legitimidade de um regime democrático. E eis como pluralismo e justiça social se apresentam como traços distintivos de sociedades democraticamente ordenadas, mas que, aqui e ali, vão entrando em conflito e gerando tensões que a democracia tenta harmonizar. Nem sempre com sucesso. Não devendo ser nem uma fatalidade, nem uma utopia, os novos desenhos societais que se vão redefinindo em permanência impõem um renovado posicionamento perante uma justiça social que hoje, mais do que nunca, tem de promover a neutralização dos obstáculos que se colocam, a partir de lugares diversos, à paridade social. Numa hipermodernidade ainda em busca de rumos, a justiça social vê-se confrontada com várias ameaças, nomeadamente a rectificação das identidades coletivas, a substituição da redistribuição pelo reconhecimento e um visível desajustamento em relação a processos transnacionais que progressivamente vão comandando a vida coletiva. Impõe-se, pois, repensar caminhos para uma justiça social que terá forçosamente de se atualizar como conceito e para um pluralismo que deverá cada vez mais cumprir-se com outras lógicas. Porque só assim a democracia redescobrirá o seu valor.
– O que significa e o que implica hoje o pluralismo social?
– Que pluralismo promover face à emergência de novos eixos sociais?
– Quais os maiores constrangimentos com que atualmente se confronta a paridade social?
– Em sociedades globais vergadas a processos transnacionais, o que define a justiça social?
– Não sendo o Estado nacional a única instância que regula a justiça social, quem estará apto a promover isso com eficácia?
– Que justiça social instituir em contextos que lutam permanentemente pelo reconhecimento?
– Como deslocar a luta pelo reconhecimento para uma distribuição igualitária?
Conferências que reúnem os maiores especialistas nacionais e internacionais sobre temas que vão da ética à política, das mulheres aos jovens, da segurança social ao envelhecimento, da economia à ciência e ao universo.