Cronologias

A RTP2 começa a ser transmitida também pelo Centro Emissor do Porto.

Na Fundação Calouste Gulbenkian, realiza-se uma exposição retrospectiva da obra do arquitecto neo-tradicionalista Raul Lino, autor de Casas Portuguesas: Alguns apontamentos sobre a arquitectura das casas simples (Lisboa: Valentim de Carvalho, 1933). Foi vogal do Conselho Superior de Belas Artes, onde durante décadas teve um importante papel na definição das políticas do património e nas escolhas, conservadoras, neo-tradicionalistas e figurativas, das encomendas de arte destinadas a obras do Estado.

O Decreto-Lei n.º 456/70 determina que, a partir do ano escolar de 1970-1971, passe a ser professada nas universidades de Luanda e de Lourenço Marques a licenciatura em Economia.

Publicação do Decreto n.º 463/70, que aprova os regulamentos dos institutos de investigação científica de Angola e Moçambique.

O escritor russo Aleksandr Solzhenitsyn é agraciado com o Prémio Nobel da Literatura. Crítico do regime soviético, Solzhenitsyn será expulso do país em 1974.

O Decreto-Lei n.º 465/70 aprova, para ratificação, o Acordo de Cooperação Económica e de Comércio entre Portugal e Espanha.

A República Khmer (pró-americana) é proclamada no Cambodja, dando início à guerra civil com os Khmers Vermelhos (apoiantes do Vietname do Norte e do Vietcongue).

É proibida pelo governo a assembleia geral dos metalúrgicos de Lisboa convocada para este dia.

Realiza-se a reunião que os sindicatos nacionais dos caixeiros, lanifícios, metalúrgicos e bancários de Lisboa haviam convocado a 28 de setembro. São convocados ainda 18 outros sindicatos, 12 dos quais eram governados por «listas B» e 6 por direções afetas ao regime. Comparecem 14 sindicatos, dos quais 3 de tipo A – bancários de Coimbra, escritórios de Lisboa e viajantes e praças do Porto. Estas reuniões pretendiam definir uma resposta conjunta do movimento sindical às orientações do Governo sobre contratação coletiva, liberdade de reunião sindical, suspensão das direções e encerramento dos sindicatos. A ata da reunião designa o encontro havido como «reunião intersindical», a primeira de muitas «reuniões intersindicais» que se realizarão até abril de 1974. É assim fundada, de forma semiclandestina, em Lisboa, uma estrutura federadora de vários sindicatos, dirigidos maioritariamente por membros do PCP, militantes da CDE e católicos progressistas a que, em 1971, se começará a chamar «a Intersindical». A data da convocatória de 1 de outubro será considerada pela CGTP-IN como a da sua fundação.