
Compreender o idadismo no local de trabalho
Um em cada três trabalhadores em Portugal diz ter sofrido algum tipo de discriminação moderada ou grave no emprego.
O novo estudo da Fundação investigou o mercado de trabalho português para compreender como as diferentes gerações se vêem entre si e quais os comportamentos que têm umas para com as outras.
Os resultados mostram que, em Portugal, os trabalhadores são alvo de idadismo, ou seja, são discriminados em função da idade. O idadismo pode ter importantes consequências, na sua maioria negativas, na saúde, no desempenho e na produtividade, afetando tanto os indivíduos como as organizações.
São, sobretudo, os jovens, entre os 18 e os 35 anos, que se dizem mais discriminados – desde o recrutamento, à promoção e ao despedimento. A esta faixa etária é frequentemente apontada a de falta de empenho, a falta de ética de trabalho e arrogância e, sabe-se agora, que estes estereótipos são mais suscetíveis de serem partilhados por trabalhadores de meia-idade e, sobretudo, mais velhos.
No entanto, a equipa de investigadores coordenada por David Patient concluiu que o idadismo no local de trabalho é bidirecional: se, por um lado, os jovens são mais discriminados pelos trabalhadores mais velhos, é a população jovem que, por outro, perpetua estereótipos associados às gerações mais velhas. Os trabalhadores mais novos consideram que têm menor capacidade de adaptação, competências menos valiosas e pior desempenho.
Esta investigação permite compreender a forma como o idadismo no local de trabalho é um problema grave para as organizações e aponta recomendações para o combater.
Para isso, foram recolhidos dados de estudos de opinião diferentes - incluindo de uma amostra representativa da população portuguesa de 1000 pessoas - e realizados mais de 20 inquéritos. A análise dos dados foi feita através de várias abordagens qualitativas e quantitativas.
As conclusões a que os investigadores chegaram e as suas recomendações estão disponíveis no estudo completo e são explicadas no vídeo abaixo.
