O ministro da Economia, António Pires de Lima, numa intervenção no Parlamento, desafia António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa e candidato a primeiro-ministro, a não ceder à «tentação» de aumentar as taxas e de criar «taxas e taxinhas» na zona de Lisboa, quando apresentar o Orçamento da Câmara de Lisboa para 2015. Pires de Lima alude à aprovação de uma taxa turística em Lisboa, em dezembro de 2014, estimando-se então a cobrança de um euro aos turistas que chegassem ao aeroporto ou ao porto da capital e de um euro por noite sobre as dormidas, num valor máximo de sete euros. Em Portugal, em 2013, foram cobrados 2,85 mil milhões de euros em taxas, representado 1,7% do PIB, quatro vezes o valor da sobretaxa de IRS ou mais de duas vezes o pacote de austeridade aprovado para 2015. A maior parcela fora cobrada pelos chamados serviços e fundos autónomos, que juntaram 1,5 mil milhões de euros em propinas, portagens de auto-estradas, taxas moderadoras e de justiça.