O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, em declarações à Rádio Renascença, afirma que alguns cidadãos portugueses a lutar pelo Estado Islâmico querem regressar ao país, admitindo que isso será um problema: «já há dois ou três, sobretudo raparigas, que se deixaram encantar pelo entusiasmo dos noivos ou por um espírito de aventura, que agora estão a querer voltar. [No total] Há 12 ou 15 [portugueses no Estado Islâmico], não sabemos exatamente bem, mas é um número muito reduzido», sublinhando que «não podemos deixar que as pessoas voltem sem fiscalização». Mais tarde, Rui Machete declara que «é muito importante que as pessoas percebam a gravidade desses eventuais atos e compreendam que [ao aderir ao Estado Islâmico] passam a ser consideradas como terroristas». No final de outubro, Sandro «Funa», de 36 anos, é a primeira baixa entre os jihadistas portugueses que integram as fileiras do autoproclamado Estado Islâmico e combatem na Síria. Em 2007, Sandro, nascido em Portugal e de origem cabo-verdiana, emigrou dos arredores de Lisboa para Londres. Na capital britânica, converteu-se ao Islão e foi numa das mesquitas desta cidade que teve um processo de radicalização que o levou ao Estado Islâmico.