O Banco de Portugal assume o controlo do Banco Espírito Santo, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anuncia a separação da instituição. No chamado «banco mau», ficarão concentrados os ativos e passivos tóxicos do Banco Espírito Santo, assim como os acionistas. No «banco bom», chamado de Novo Banco, ficarão os ativos e passivos considerados não problemáticos. É ativado o Fundo de Resolução, entidade liderada pelo Banco de Portugal e pelo Ministério das Finanças, para capitalizar o Novo Banco no valor de 4,9 mil milhões de euros, , sendo 3,9 mil milhões oriundos de um empréstimo estatal e os restantes provenientes de um sindicato bancário composto por oito instituições. São nomeados pelo Banco de Portugal os órgãos de administração e fiscalização. Vítor Bento é o novo presidente do Conselho de Administração do Novo Banco. A 4 de agosto, em entrevista ao canal SIC a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, referiu que «este empréstimo não tem risco para os contribuintes», reiterando esta opinião a 7 de agosto no Parlamento. A 13 de setembro, Vítor Bento demitir-se-á por alegadas divergências com Carlos Costa e o Governo sobre a estratégia do Novo Banco. Vítor Bento recusa ser líder de uma comissão liquidatária e opõe-se a uma alienação urgente do banco. A opção política pela rápida resolução do segundo maior banco privado português deixou dúvidas em muitos agentes económicos e cidadãos. A resolução do BES provocou também a revisão em alta do défice orçamental de 2014 que foi revisto de 4,5% para 7,2% do PIB, reflectindo a recapitalização de 4,9 mil milhões de euros feita ao Novo Banco.