No Tribunal Judicial de Coimbra, começa o julgamento do caso da dupla venda, no mesmo dia, do edifício dos CTT de Coimbra e de outras alegadas irregularidades na gestão desta empresa pública. O edifício, situado na Avenida Fernão de Magalhães, fora vendido pelos CTT por 14,8 milhões de euros à empresa Demagre que, no mesmo dia 20 de março de 2003, o revendera à ESAF-Espírito Santo Fundos de Investimento por 20 milhões de euros. As investigações tinham sido iniciadas em 2006, tendo incidido sobre 23 alegadas situações irregulares. No seu âmbito foram efetuadas 85 buscas a domicílios e a empresas, tendo sido analisados mais de 500 000 registos em suporte informático. Entre os 11 arguidos, pronunciados em fevereiro de 2011, acusados da prática de vários crimes que, alegadamente, terão lesado a empresa em dezenas de milhões de euros, encontram-se o antigo presidente dos CTT (2002-2005), Carlos Horta e Costa, bem como os ex-administradores Manuel Carrasqueira Baptista e Gonçalo Rocha. A 11 de junho de 2013, os juízes absolverão os administradores dos CTT dos crimes de gestão danosa e de participação económica em negócio, mas condenarão Luís Vilar (ex-vereador da Câmara de Coimbra e suspeito de exigir 444 mil euros de comissões), a quatro anos de prisão por corrupção passiva, com pena suspensa, bem como outros quatro arguidos, José Júlio Macedo, Pedro Garcez, Paulo Silveira e Marcos Lagoa.