Os estudantes de Lisboa declaram solidariedade total com a AAC, entretanto impedida de funcionar. O plenário de Lisboa decreta «luto académico total», com greve às aulas, frequências e exames finais e uma greve de fome que se inicia de imediato na Cantina da Cidade Universitária. Rodeados de centenas de colegas, 86 estudantes recusam alimentação. Perante a ocupação da cantina, o Senado concede uma hora para abandonar as instalações. Findo o prazo, o Senado decide a entrega das instalações à responsabilidade do Governo, pedindo que não sejam usados meios violentos. Pouco depois das 3 horas da manhã do dia 11 de maio, forma-se um cordão policial. No interior encontram-se 1200 estudantes e alguns professores, como Lindley Cintra, Pereira de Moura e Rui Oliveira. Lindley Cintra consegue negociar uma detenção pacífica. Entre os estudantes transportados em autocarros da Carris, estão 90 alunas. Do Governo Civil seguirão para a PIDE, onde são interrogadas e, depois, libertadas. Os alunos têm sortes diferentes. Medeiros Ferreira é libertado com a maioria, no dia seguinte, mas Eurico de Figueiredo é um dos 70 que permanece detido vários dias no quartel da Parede. Jorge Sampaio fica três dias em Caxias.