Cronologias

O Presidente da República, António de Spínola, discursa na base militar da Ota. A 12 de junho será a vez de novo discurso no Regimento de Infantaria n.º 5 (Caldas da Rainha). Procura assim manter o contato com as chefias intermédias e assegurar a coesão das Forças Armadas.

O Decreto-Lei n.º 249/74 mantém até fim do corrente ano económico a atual estrutura do Orçamento Geral do Estado.

São empossados os governadores-gerais de Angola (Silvino Silvério Marques) e Moçambique (Henrique Soares de Melo). O Presidente da República discursa, definindo a sua perspectiva referendária e federalista do processo de descolonização.

O Decreto-Lei n.º 251/74 liberaliza o acesso de qualquer cidadão, independentemente do género, aos cargos judiciários, do Ministério Público e dos quadros da Justiça. Segundo o diploma até final do ano de 1977 poderão ser admitidos aos concursos para juiz de direito e para delegados do procurador da República e nomeados interinamente delegados do procurador da República os cidadãos do sexo feminino que não tenham mais de 45 anos de idade.

Plenário do MFA na Manutenção Militar. António de Spínola, acompanhado por Francisco Sá Carneiro e Vasco Vieira de Almeida, quer que lhe sejam concedidos plenos poderes para conduzir o processo político interno e a descolonização, o que lhe foi negado.

Compromisso entre Portugal e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com vista à suspensão das ações armadas.

O Decreto-Lei n.º 259/74 concede perdão e amnistia a diversos delitos de carácter comum.

Carta pastoral do episcopado: «O contributo dos cristãos para a vida social e política».

Os trabalhadores dos CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal EP iniciam uma greve com apoio do PS e da extrema-esquerda e críticas do PCP. Seria o primeiro confronto sindical envolvendo diversos partidos. Terminaria a 20 de junho.