Cronologias

Jorge de Sena publica Metamorfoses (Lisboa: Moraes Editora).

Inicia-se a produção de veículos na fábrica de Mangualde, em Viseu, da empresa Automóveis Citroën Portugal, com o modelo Citroën 2CV. A construção da fábrica tivera início em 1963.

Após processo disciplinar do Ministério da Educação, 22 membros das direções associativas de Lisboa são expulsos da Universidade de Lisboa. Em causa estava a tentativa de comemoração do novo Dia do Estudante, marcado para 14 e 15 de março. O Dia do Estudante constituía, desde 1962, um momento significativo da luta estudantil contra a ditadura e contra a Guerra Colonial.

Realiza-se o primeiro Grande Prémio da Canção Portuguesa, que ficará conhecido como «Festival RTP da Canção». Concorreram, entre outros, António Calvário, Artur Garcia, Madalena Iglésias, Gina Maria e Simone de Oliveira. O vencedor, António Calvário, representará pela primeira vez Portugal e a RTP no Concurso Eurovisão da Canção, que decorrerá em Copenhaga a 21 de março.

A OIT condena uma vez mais o sistema corporativo português, imposto pelo Estado Novo com o objectivo de impedir os trabalhadores de se organizarem em sindicatos livres e de defenderem directamente os seus interesses perante o patronato e o Estado.

A Índia retira a proposta de um referendo sobre o futuro do disputado território de Caxemira. Em 1948, a Índia tinha levado a questão de Caxemira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, oferecendo-se para efetuar um plebiscito sob supervisão da ONU. Em março de 1965, o Parlamento indiano aprovaria uma lei declarando Caxemira uma província indiana.

São inauguradas as linhas de montagem dos veículos militares Berliet na Metalúrgica Duarte Ferreira, no Tramagal. Estes veículos pesados passam a ser fornecidos, em grande número, ao Exército português. Até 1974, serão produzidas cerca de 3300 destas viaturas militares.

Confrontos entre gregos e turcos na ilha de Chipre.

Realiza-se em Cassacá, no Sul da Guiné-Bissau, o I Congresso do PAIGC. Durante os seus trabalhos foi feita a separação entre os poderes civis e militares, definido o conceito de território nacional e criaram-se os comandos militares inter-regionais. O PAIGC consolida as estruturas do partido no interior da Guiné, criando serviços de educação e saúde. Cria, igualmente, as Forças Armadas Revolucionárias do Povo e dispõe-se a lutar contra o exército português do interior da própria Guiné-Bissau.