O Times, de Londres, publica dois relatórios de missionários espanhóis sobre os massacres de Tete, em Moçambique. Foram divulgados por Adrian Hastings, sacerdote católico pouco antes da chegada de Marcelo Caetano a Londres. Segundo estes documentos, teriam sido mortos 300 a 500 civis. Os relatórios não eram inéditos, mas foi a primeira vez que tiveram eco na imprensa internacional. No dia seguinte, Harold Wilson, líder trabalhista na oposição, pede o cancelamento da visita oficial de Marcelo Caetano, integrada nas comemorações dos 600 anos da «aliança luso-britânica». Mário Soares desloca-se a Londres, chefiando uma delegação do PS, onde se avista com Harold Wilson e outros políticos trabalhistas. A 15 de julho, realiza-se uma manifestação em Londres contra a política africana de Portugal. Os partidos Trabalhista e Liberal decidem boicotar a visita oficial de Marcelo Caetano.