A extrema-direita chegou à liderança de uma das maiores democracias do mundo, o Brasil, com a eleição do Presidente Jair Bolsonaro. Nas ruas, os brasileiros dizem preferir a ameaça de uma ditadura militar à criminalidade urbana, corrupção e à crise económica que o país atravessa.
Na Europa, a extrema-direita também ganha força em países como a Hungria, Polónia, a Áustria ou a Holanda. A escolha popular é determinante para eleger os governantes, mas o resultado também pode ser, por si só, uma ameaça à liberdade e à essência da democracia.
Por outro lado, mudar de governantes nem sempre significa uma mudança de políticas, sobretudo as que vão além-fronteiras e são decididas por instituições como a União Europeia. Itália, por exemplo, acaba de ver chumbado por Bruxelas o seu orçamento para o próximo ano. E em Portugal, a chanceler alemã Angela Merkel é considerada uma figura-chave para os destinos da economia nacional, num ranking dos mais poderosos.
Hoje, onde pára o poder? Qual é o peso da banca e da alta finança, das elites empresariais, dos novos media e do controlo das redes sociais no rumo dos países? Que contrapoderes existem e quais têm sido mais eficazes? Qual o papel da Justiça? Que ameaças traz consigo o vazio de poder nas instituições tradicionais da democracia?
Debater os grandes temas que desafiam Portugal e o mundo, colocando frente a frente conceituados especialistas nacionais e/ou internacionais e uma plateia selecionada. É este o desafio do Fronteiras XXI, programa mensal da RTP3 que resulta de uma parceria entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos e a RTP.
Ao longo de 90 minutos, discutem-se temas que marcam a atualidade, mas também outros, menos mediáticos, que afetam o dia a dia dos portugueses para falar do presente a pensar no futuro.