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E Depois da Revolução: Democracia e Igualdade de Género

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Voto, jola, mulheres, «gossip», políticos «superstar», comunidade. Eis algumas das palavras que marcaram a conversa entre Maria Castello Branco, Mariana Esteves e Guilherme Geirinhas sobre as preocupações e as aspirações de quem, nascido em democracia, não a toma por garantida.

Depois do 25 de abril, que democracia construímos? Em 50 anos, o que conquistaram as mulheres? Estes foram os motes que lançaram o debate sobre a participação política dos mais novos e os desafios que a consolidação da democracia ainda enfrenta. E onde uma sondagem da rede social X (antigo Twitter) - que mobilizou 306 mil pessoas a votar na melhor cerveja do campeonato europeu - virou assunto político.

Maria Castello Branco explicou que, atualmente, as gerações mais novas não querem seguir uma «política de lealdade», que era característica das gerações dos pais, e que são antes atraídos para políticas «mais individualizada e imediatas». «Mais facilmente se vê um jovem a aderir a um movimento de ética de consumo - que é uma forma de ativismo político - do que a um partido», concretizou a consultora política.

Já Mariana Esteves apelou a um maior sentido de comunidade entre as gerações mais novas, para contrariar a perda de «noção de bem-estar social». «O foco é cada vez maior no individual e não no coletivo», alerta. Importa, por isso, contrariar esta tendência através de uma cultura de comunidade. «É necessário ir aos bairros e desenvolver projetos coletivos», afirmou a economista.

Com perguntas e intervenções dos jovens presentes na plateia, as convidadas debruçaram-se ainda sobre o (longo) caminho que as mulheres têm de trilhar para chegarem a cargos de poder, sobre a insegurança feminina em espaços públicos, sobre o peso das responsabilidades familiares numa carreira política e sobre o assédio, que se mantém transversal a toda a sociedade.

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Portugal hoje é muito diferente do que era há 50 anos. Quase cinco décadas depois, que mudanças profundas aconteceram no país? E que lições devemos retirar para melhorar o futuro? 

A Fundação tem um extenso programa para refletir sobre o que mudou e o que é preciso garantir para melhorar a democracia nacional. 

Um programa que começa no Quartel do Carmo onde o regime caiu – com o evento «Cinco décadas de democracia, o que mudou?» – e se estende a mais debates, uma série de oito minidocumentários, documentários, publicações e estudos, que vão permitir pensar e construir o futuro coletivo.

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