Em Portugal, ter emprego não é suficiente para não se ser pobre. Há cerca de dois milhões de pessoas em condição de pobreza e exclusão social no país – e destas, uma em cada quatro está empregada. Cinco décadas depois da Revolução de abril, o retrato do país continua a ser feito de pobreza. E já pouco sentido faz reduzi-la a uma vertente monetária.
A pobreza vai além de rendimentos e mostra-se também no acesso à educação, à saúde, à habitação e cultura. Há muito do 25 de Abril que está por cumprir.
Os dados de um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos mostram um aumento significativo do número de pessoas que não consegue aquecer a casa ou garantir uma refeição de carne ou peixe.
Neste especial de informação, debate-se um país pobre e formas para o erradicar. Juntam-se à conversa Carlos Farinha Rodrigues, economista e professor no ISEG, Eugénio da Fonseca, presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado, Sandra Araújo, coordenadora da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza para 2021-2030 e Fernanda Rodrigues, professora na Universidade Católica Portuguesa.
Cinco décadas de Democracia é uma parceria Fundação Francisco Manuel dos Santos/SIC/Expresso.
Portugal hoje é muito diferente do que era há 50 anos. Quase cinco décadas depois, que mudanças profundas aconteceram no país? E que lições devemos retirar para melhorar o futuro?
A Fundação tem um extenso programa para refletir sobre o que mudou e o que é preciso garantir para melhorar a democracia nacional.
Um programa que começa no Quartel do Carmo onde o regime caiu – com o evento «Cinco décadas de democracia, o que mudou?» – e se estende a mais debates, uma série de oito minidocumentários, documentários, publicações e estudos, que vão permitir pensar e construir o futuro coletivo.