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Em 2024, os indicadores síntese de privação registam um ligeiro decréscimo. A taxa de privação material e social fixou-se nos 11% e a taxa de privação material e social severa nos 4,3%. Estes são os valores mais baixos registados na presente série, iniciada em 2016.
Itens de Privação Material e Social em Portugal (2023-2024)
A comparação dos valores dos 13 indicadores de privação material e social, revela quais as situações em que a privação das famílias é mais intensamente percecionada.
Em 2024, entre os indicadores que revelam uma situação de vulnerabilidade material e social mais elevada destacam-se: 29,9% dos inquiridos dizem não ter capacidade para assegurar o pagamento imediato de uma despesa inesperada próxima do valor da linha de pobreza de 2022 (591 euros por mês); 15,7% declaram não terem capacidade financeira para manter a casa adequadamente aquecida; 35,4% não têm capacidade para pagar uma semana de férias, por ano fora de casa; 36,2% dos indivíduos declara a impossibilidade de substituição do mobiliário usado.
Indicadores do agregado familiar
Indicadores individuais
Taxa de Privação Material e Social Severa na União Europeia (2023)
Utilizando o novo indicador de privação material e social severa do Eurostat é possível ver que, em 2023, o valor de Portugal (4,9%) era substancialmente inferior ao verificado no conjunto da União Europeia (6,8%).
População em situação de pobreza e exclusão social (2016-2024)
A taxa de pobreza ou de exclusão social é um indicador síntese utilizado pelo sistema estatístico da União Europeia no âmbito da estratégia Europa 2030 para caracterizar as famílias e as pessoas que se encontram em pelo menos uma destas três situações: em pobreza monetária; em privação material e social severa; em afastamento do mercado de trabalho, traduzido no facto de, num dado agregado, os indivíduos adultos entre os 18 e os 59 anos trabalharam em média menos de 20% do tempo de trabalho possível (baixa Intensidade laboral).
Em 2024, 2,1 milhões de pessoas (19,7% da população) em Portugal encontravam-se em situação de pobreza ou de exclusão social.
Exclusão Social por regiões (2024)
Em 2024, cerca de 2,1 milhões de pessoas, 19,7% da população total, vivia em situação de pobreza ou de exclusão social. Também no que respeita a este indicador se verificam fortes assimetrias regionais. O valor mais baixo da taxa de pobreza ou de exclusão social regista-se na região da Grande Lisboa (16,5%). A região do Continente com maior valor é a da Península de Setúbal com uma taxa de pobreza e exclusão social de 21.8%. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira, apesar das descidas verificadas em 2024, apresentam os valores mais elevados neste indicador.
Portugal: Interseção das Várias Dimensões da Pobreza e exclusão social (2023)
A forma como as três dimensões da exclusão social (taxa de pobreza, privação material severa e baixa intensidade laboral) se inter-relacionam e intersetam pode ser ilustrada no gráfico abaixo.
Em 2023, 2,1 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza ou exclusão social, 1,78 milhões em situação de pobreza e 500 mil em privação material severa.
Cerca de 1,5 milhões de pessoas eram afetadas por uma dimensão da exclusão social, 453 mil por duas dimensões e 105 mil pelas três dimensões em simultâneo.
Apesar de não serem ainda conhecidos os valores das várias dimensões da pobreza e exclusão social de 2024 é lícito assumir que a ligeira redução registada no indicador agregado não altere significativamente o padrão da interseção das várias dimensões da pobreza, onde a taxa de pobreza monetária assume um peso determinante.
Taxa de Pobreza e Exclusão Social na União Europeia (2023)
Utilizando o novo indicador de pobreza e exclusão social subjacente à estratégia Europa 2030 é possível observar a posição relativa dos vários países da União Europeia em 2023.
A taxa de pobreza ou de exclusão social em Portugal (20,1%) era ligeiramente inferior à verificada no conjunto da União Europeia (21,3%).