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Europa a duas velocidades também nos filhos
O declínio da fecundidade está longe de ser uma característica exclusivamente portuguesa. Com maior ou menor intensidade, a tendência atravessou toda a Europa. Contudo, atualmente, alguns países estancaram esse declínio dos níveis de fecundidade, outros abrandaram-no e outros mantiveram-no.
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Europa a duas velocidades também nos filhos

Não há uma homogeneidade na Europa quando olhamos para o ponto em cada país se encontra hoje quando se fala de fecundidade.

É na Europa do Norte, Ocidental e de Leste (Suécia, França, Roménia, Irlanda, República Checa, Bulgária, entre outros) que se registam os níveis médios mais elevados de filhos por mulher, chegando no caso francês ao 1,8. No extremo oposto estão os países da Europa do Sul (Malta, Chipre, Espanha e Itália), com um número médio de filhos por mulher abaixo dos 1,4. Desde 2008 que estes países apresentam os valores mais baixos deste indicador.

As mulheres não só têm em média menos filhos, como estão a retardar este projeto. Mas apesar da idade média de maternidade ter aumentado, a diferença entre as várias latitudes da Europa deixa de ser tão vincada.

Em que países há maior e menor número de filhos, em média, por mulher em idade fértil? (índice de fecundidade)

 

 

 

 

Com baixíssimos níveis de fecundidade e idade média de maternidade mais tardia, Portugal parece não destoar significativamente dos restantes países do Sul da Europa. Porém, Portugal, no quadro da Europa do Sul, destoa em relação a certos comportamentos. É o caso da proporção de nascimentos fora do casamento. Neste indicador, Portugal alinha com o Norte da Europa. O valor registado em 2022 é próximo do que encontramos em países como a Bulgária ou a Eslovénia e está muito acima dos valores que se verificam na Grécia ou Itália, pares geográficos do Sul da Europa.

 

Em que países as mulheres são mães mais cedo? E mais tarde? (idade média da mãe ao nascimento de um filho)

 

 

 

A aproximação às práticas da Europa do Norte e Ocidental foi feita por Portugal nos últimos anos. No início da década de 90 do século passado já os países nórdicos apresentavam uma proporção de nascimentos fora do casamento próxima de 40%, contrastando com os 6% observados, em média, na Europa do Sul e com os 15% que eram medidos em Portugal. De então para cá, os portugueses aproximaram o seu padrão nesta matéria das práticas nórdicas a um ritmo muito mais acentuado do que Itália ou Grécia.

Que países  têm, no total de nascimentos, maior e menor percentagem de bebés de pais não casados? (%)

 

 

 
Portuguese, Portugal
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