Cronologias

O Tribunal de Jerusalém decreta a pena de morte para Adolf Eichmann, um dos responsáveis pela deportação de milhões de judeus e pela organização da Solução Final.

A URSS veta um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, apresentado pelos EUA, pela França e pela Turquia, condenando a União Indiana por ameaçar militarmente Goa.

Decretado luto nacional pela invasão de Goa, Damão e Diu. Missa na Sé Catedral celebrada pelo cardeal-patriarca de Lisboa, na presença das relíquias de São Francisco Xavier.

A recusa em iniciar negociações com Nova Deli sobre o «Estado Português da Índia» leva a União Indiana a anexar, por via militar, Goa, Damão e Diu, quase sem resistência, dada a desproporção de forças no terreno.

Inauguração da II Exposição de Artes Plásticas, da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), nas instalações da FIL, onde Paula Rego apresenta as suas primeiras colagens. Foram expostas 248 obras de 141 artistas. Nessa ocasião, foram ainda atribuídos os prémios Gulbenkian em diversas categorias artísticas: Grande Prémio de Arquitectura – Viana de Lima; 1.º Prémio de Arquitectura – Fernando Távora; 2.º Prémio de Arquitectura – Nuno Teotónio Pereira e Bartolomeu Costa Cabral; 1.º Prémio de Escultura – António Duarte, Lagoa Henriques e Jorge Vieira; 2.º Prémio de Escultura – João Cutileiro; 1.º Prémio de Pintura – Fernando Azevedo, Carlos Botelho, Hogan e Júlio Pomar; 2.º Prémio de Pintura – Menez; Prémio de Desenho – João Abel Manta; Prémio de Gravura – Bartolomeu Santos.

Na Rua dos Lusíadas, em Alcântara (Lisboa), a PIDE assassina a tiro o pintor José Dias Coelho, de 38 anos, militante e funcionário clandestino do PCP.

Na 1083.ª sessão plenária, a Assembleia Geral da ONU aprova a Resolução 1699 (XVI), que acusa o Governo português pelo não cumprimento do Capítulo XI da Carta das Nações Unidas e da Resolução 1542 (XV), de 15 de dezembro, da Assembleia Geral. Além disso, instituiu um Comité Especial para os Territórios Administrados por Portugal (Comité dos Sete), cujo objectivo era avaliar o respeito pelas obrigações decorrentes da Carta das Nações Unidas.

O Decreto-Lei n.º 44 104, conhecido como «Lei da Montagem», estabelece os limites e as condições para a importação na metrópole de automóveis ligeiros de passageiros ou mistos, pesados e de carga e outros veículos motorizados, montados e desmontados ou incompletos. Restringe, assim, a importação de unidades já montadas e obriga as empresas que queiram continuar a vender veículos em Portugal a estabelecerem-se no país. Empresas como a Citroën, a Renault e a Ford Lusitana começaram a construir linhas de montagem automóvel em Portugal. O diploma foi regulamentado pelo Decreto n.º 45 453, de 18 de dezembro de 1963.

Apresentação da companhia Grupo Experimental de Ópera de Câmara (patrocinada e subsidiada pela FCG), no Cine-Teatro Tivoli, numa récita com La Serva Padrona, de Pergolesi, e Arlecchino, de Busoni.