Cronologias

O bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, pronuncia uma homilia pelo dia mundial da paz em que critica as «virtudes militares» de certos capelães no ultramar, suscitando fortes protestos de alguns deputados e uma réplica do vigário castrense, D. António dos Reis Rodrigues. Em certos meios políticos defende-se que o bispo deveria ser «expulso definitivamente» de Portugal.

É criado em Lisboa o Centro de Apoio aos Trabalhadores Ultramarinos (CATU). Nos anos seguintes, procurará enquadrar muita da emigração cabo-verdiana. O Governo português promove a vinda destes imigrantes a fim de colmatar a falta de mão-de-obra que se fazia sentir nas obras públicas (construção do metropolitano de Lisboa, de hotéis no Algarve, de obras várias no Porto). Calcula-se que, entre 1963 e 1974, tenham vindo para Portugal 104.767 imigrantes cabo-verdianos.

Surge em Coimbra a República Rosa Luxemburgo, casa de estudantes exclusivamente feminina. Rompe-se assim uma prática até então exclusivamente masculina.

Abre na Avenida da Igreja a primeira loja da estilista de moda Ana Salazar. A esta primeira loja Maçã seguir-se-á uma outra, em 1976, na Rua do Carmo.

Em 1972, o número de linhas telefónicas instaladas é 34.378, mas os pedidos em espera são 58.695.

Estreia o programa televisivo Histórias da Música, de António Victorino de Almeida.

O artista plástico e pintor Joaquim Rodrigo vence o Grande Prémio Soquil.

O diplomata austríaco Kurt Waldheim torna-se o quarto secretário-geral das Nações Unidas.

Início do boicote ao café de origem angolana na Holanda, promovido pelo Comité Angola e sob o lema «Café holandês, sangue angolano».