Realizam-se eleições legislativas para os 230 deputados da Assembleia da República, a que concorrem 16 forças políticas, embora apenas 12 concorram em todos os 22 círculos eleitorais (10 partidos e 2 coligações). A coligação PàF (PSD+CDS-PP) vence as eleições com 36,86% dos votos e 102 deputados, a que se juntam 1,5% de votos no PPD/PSD (da Madeira e Açores), com mais 5 mandatos. Seguem-se o PS, com 32,31% dos votos e 86 mandatos, o BE (10,19% e 19 mandatos), a CDU (8,25% e 17 mandatos) e o PAN (1,39% e 1 mandato). Das eleições resulta assim um quadro político instável, dado os partidos de esquerda disporem na sua globalidade de 123 deputados e mais de 50% dos votos, contra 107 deputados do PSD e CDS-PP. A 6 de outubro, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva incumbe Pedro Passos Coelho de «desenvolver diligências» que garantam uma solução governativa estável e «consistente», falando na hipótese de um acordo com o PS.