A Christie’s anuncia o cancelamento da venda da colecção de 85 obras de Joan Miró, que pertenciam ao BPN. A leiloeira sustenta a decisão na disputa que corre nos tribunais portugueses acerca da colecção que, desde a nacionalização do BPN, em 2008, é propriedade do Estado. A sociedade de capitais públicos Parvalorem, criada em 2010 para gerir os ativos e recuperar os créditos do BPN, pretendia encaixar com a venda 36 milhões de euros, destinados ao abatimento da dívida da instituição. A posição do Governo, segundo o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, é que estas obras não são uma «prioridade para um País como Portugal». Ao longo de 2014, várias figuras públicas defenderam a classificação das obras de Miró e mais de 10 mil pessoas assinaram uma petição a favor da manutenção das obras de arte em Portugal.