Cronologias

Inauguração oficial das novas instalações da Associação Portuguesa de Escritores na rua do Loreto, em Lisboa, com a recepção a muitos escritores regressados do exílio ou das prisões, entre outros, Barradas de Carvalho, Carlos Coutinho, Fernando Piteira Santos, Manuel Alegre, Mário Soares e Miguel Urbano Rodrigues.

Tomada de posse do I Governo Provisório.

Mário Soares, ministro dos Negócios Estrangeiros, inicia conversações com o PAIGC em Dacar, Senegal.

No Festival de Cinema de Cannes, em França, são exibidas reportagens sobre a revolução portuguesa.

Uma série de carros armadilhados explodem em Dublin e em Monaghan, na República da Irlanda, provocando 33 mortos e ferindo cerca de 300 pessoas. Em 1993, o Ulster Volunteer Force, um grupo paramilitar terrorista unionista, da Irlanda do Norte, reivindicará o atentado. Em 2003, um inquérito parlamentar realizado na Irlanda afirma que os atentados foram realizados com o apoio de forças de segurança e dos serviços secretos britânicos.

O Decreto-Lei n.º 207/74 determina a suspensão, no ano lectivo de 1974/75, de um curso de altos comandos (Instituto de Altos Estudos Militares) e de um curso superior naval de guerra (Instituto Superior Naval de Guerra), dispensando a sua frequência para efeitos de promoção

É publicado o primeiro número legal do Avante!, jornal afeto ao PCP, após 43 anos de clandestinidade.

A Índia testa com êxito a sua primeira bomba nuclear, tornando-se a sexta potência nuclear do mundo.

Manifestação de homenagem à memória de Catarina Eufémia, em Baleizão, convocada pelo Movimento Democrático das Mulheres (MDM) e com a participação do MDP/CDE e PCP. Álvaro Cunhal afirma que «chegará o dia em que a reforma agrária entregará a terra dos grandes latifundiários àqueles que a trabalham […]». Catarina Eufémia, assalariada agrícola natural de Baleizão, fora morta a 19 de maio de 1954 por um oficial da GNR durante uma greve. Deixou três filhos, um dos quais de oito meses. A história de Catarina acabou por personificar a resistência ao regime salazarista, sendo adotada pelo PCP como ícone da resistência no Alentejo.