Igualdade de género ao longo da vida
O género e a idade de alguém condicionam as suas interações, as suas perceções e as suas expectativas sociais, bem como as suas relações de poder, as suas oportunidades e as suas condições de vida. Olhando para três “idades da vida” (1-Infância e juventude – até aos 29 anos; 2- Rush hour of life – dos 30 aos 49 anos; e 3- Fase tardia da vida ativa – dos 50 aos 65 anos), este estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos procura compreender e retratar a forma como os contextos geracionais e a idade influenciam as relações de género, em áreas da vida social portuguesa como
- a educação;
- o mercado de trabalho;
- a vida familiar;
- a articulação trabalho-família;
- a saúde;
- a violência de género.
Este estudo compara Portugal com os restantes países da União Europeia, desde o início do século XXI até 2016. Faz ainda uma análise mais aprofundada de oito países europeus: Alemanha, Espanha, França, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Suécia, refletindo diversos modelos de Estado Social.
Tratou se, no essencial, de mapear e caracterizar as diferenças e semelhanças entre mulheres e homens analisando as relações que se estabelecem entre género e contextos sociais em Portugal e nos outros países europeus. Embora se trate no essencial de uma abordagem extensiva e de mapeamento e caracterização global, procurou se também avançar hipóteses explicativas para as diferenças e semelhanças encontradas entre homens e mulheres e nas diferentes idades da vida, a partir dos contributos das teorias de género e das ciências sociais.
A Fundação procura assim, com a divulgação deste estudo, dar a conhecer esta realidade tão importante da sociedade portuguesa, e contribuir para o debate em torno das questões de género, para que as políticas públicas possam obter melhores resultados neste domínio.