União Europeia

Com a inflação em 0,1% na zona euro, o BCE anuncia aumento das suas compras de dívida pública injectando mais 360 mil milhões de euros nos mercados, uma prática que o mundo financeiro apelidou de quantitative easing e que outros vêem como um aumento da massa monetária em circulação para relançar a economia.

A União Europeia aceitou conceder três mil milhões de euros ao Governo turco em troca de um reforço dos controlos fronteiriços com a Grécia e a Bulgária, de forma a conter a vaga avassaladora de refugiados que procuram entrar na Europa pela chamada «rota do Balcãs».

Dada a ameaça iminente de um atentado terrorista, na sequência dos atentados de Paris, Bruxelas é colocada em «estado de alerta», com os transportes públicos, as escolas e o comércio encerrados, e o exército a patrulhar as ruas.

Em virtude da série de ataques terroristas recentemente ocorridos na União Europeia, os ministros do Interior e da Justiça da UE decidem reforçar os controlos das fronteiras externas, numa tentativa de salvaguardar a liberdade de movimentos garantida nas fronteiras do espaço Schengen.

A Turquia informa, após uma cimeira em Bruxelas com a Comissão Europeia, que só aceita ajudar a UE quanto à vaga de refugiados, se lhe forem dadas perspectivas de adesão à União Europeia.

A Comissão Europeia aprova uma linha de crédito de 1,7 mil milhões de euros para conter a crise financeira e a corrida aos levantamentos bancários na Bulgária, gerada por ondas de especulação.

Numa reunião de emergência em Paris, os Governos de 15 Estados-membros da UE chegam a acordo sobre um plano de ação conjunto para salvar os mercados financeiros, designadamente através de garantias bancárias e injecções de capital na banca. A Alemanha aprovará um pacote no valor de 500 mil milhões de euros, a França no valor de 350, por sua vez a Espanha alocará 100 mil milhões.

O Conselho Europeu realiza, em Bruxelas, uma reunião extraordinária para discutir a crise dos refugiados no Mediterrâneo. Desde o início do ano cerca de 1200 pessoas tinham já perdido a vida em sucessivos naufrágios e acidentes em barcos sobrelotados e sem condições que, na maior parte dos casos, tentavam alcançar território italiano. Este fluxo de refugiados é sobretudo oriundo da Eritreia, Nigéria e Somália. Os Chefes de Estado ou de Governo dos 28 Estados-membro decidiram centrar a resposta em quatro eixos: reforçar a presença no mar; combater os traficantes; evitar os fluxos de migração ilegal; e reforçar a solidariedade e a responsabilidade a nível interno. Apelaram ainda ao reforço financeiro e em navios de várias operações de controlo marítimo já em curso. Contudo, o fluxo de refugiados intensificar-se-á na Grécia e nos Balcãs a partir de julho de 2015, vindos agora da Síria, Afeganistão e Iraque. Segundo a Frontex das 1,82 milhões de travessias ilegais de fronteiras registadas na UE durante o ano de 2015, cerca de 885 mil ocorreram na Grécia e, 154 mil, na Itália. Em 2014 tinham-se registado em toda a UE cerca 283 mil travessias ilegais, ou seja menos de um sexto. Em 2015 foram igualmente apresentados mais de 1,25 milhões de pedidos de asilo nos 28 países da UE, cerca do dobro dos registados em 2014 (627 mil) e cerca do triplo dos arrolados em 2013 (431 mil), segundo dados do Eurostat. Está é a maior crise humanitária na Europa desde o processo de desintegração da federação da Jugoslávia (1991-2001) e a maior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial.

É assinada a Terceira Convenção de Lomé entre os dez Estados-membros da Comunidade e os 65 estados da ACP (África, Caraíbas e Pacífico).

François Mitterrand e Helmut Kohl homenageiam em Verdun as vítimas das duas guerras mundiais, celebrando assim a amizade e o entendimento entre a França e a Alemanha e cimentando o chamado «eixo Paris-Bona».