Se tivesse de escolher a política hoje «seria para lutar por uma sociedade menos dividida, onde a intolerância não fosse o prato do dia e na qual ter uma opinião diferente não fosse sinónimo de ódio», diz a presidente do Parlamento Europeu Roberta Metsola.
A responsável, que foi a primeira mulher de Malta a ser eleita deputada europeia, diz que falar com os jovens sobre as suas aspirações e preocupações é fundamental para exercer o cargo, procurando ouvi-los em todos os países que visita. «É minha responsabilidade, bem como dos meus colegas, garantir que há candidatos suficientes que possam sintetizar a fúria e frustração e convencê-los a ir às urnas», admite.
Neste episódio de «Isto Não é Assim Tão Simples», a mais jovem de sempre a chegar à presidência do Parlamento Europeu, realça a necessidade de acabar com a perceção de que «Bruxelas está muito distante», contrariando a ideia de que as instituições políticas europeias não são «sentidas» como suas pelos cidadãos dos diferentes estados-membros. «A capacidade de ouvir é o traço de personalidade que um político deve ter», explica Roberta Metsola. «Os políticos não o fazem muito».
A presidente do Parlamento Europeu fala ainda com José Maria Pimentel sobre o seu mandato e as muitas crises que a União Europeia teve de enfrentar nesse período, numa conversa que vale a pena ouvir.
Grandes temas, grandes nomes num novo programa dedicado a entrevistas com personalidades internacionais ligadas à política, economia e sociedade. Conduzidas pelo jornalista Pedro Pinto, estas conversas, com convidados especiais, querem simplificar e ajudar a desmistificar alguns dos temas mais importantes da atualidade. Todos os meses, no site da Fundação.