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Entrevista

Neil Lawrence: Inteligência Artificial não é assim tão simples

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Ameaça ou ferramenta indispensável hoje e no futuro? «A Inteligência Artificial é a tecnologia mais disruptiva que já vimos», garante o professor de machine learning da Universidade de Cambridge Neil Lawrence. Por outro lado, «é a continuação de uma revolução tecnológica», na forma como partilhamos informação através de um computador.

Ao vivo em Lisboa, o convidado desta edição do programa «Isto não é assim tão simples» diz que um dos problemas desta ferramenta digital é que «não está a ser utilizada nas áreas que as pessoas nos pedem que a utilizemos: a saúde, a assistência social, a educação ou a segurança».

A inteligência artificial deve ser usada para resolver desafios persistentes e as suas mais-valias aplicadas de forma eficaz, por exemplo, otimizando o tempo em profissões essenciais. «Com esta onda de tecnologia, há uma oportunidade de voltar a empoderar os nossos enfermeiros, os nossos professores e outras pessoas que fazem da sociedade um lugar melhor», sublinha.

Apesar de otimista quanto à relação do Homem com esta tecnologia, Neil Lawrence está ciente das dificuldades em regular uma área onde a evolução é de tal forma rápida. E diz que não devem ser reguladores «pouco ágeis e capacitados» quem vai «decidir o futuro de todos».

Por isso, acredita que os reguladores devem estar mais próximos das empresas, dos seus dilemas e ser mais capazes de perceber as reações tecnológicas, antes de tomarem decisões.

É com um foco na regulamentação equilibrada nesta área, que o especialista colabora com a OCDE na definição de diretrizes que promovam o uso responsável e democrático da IA. «Esta é a parte mais perigosa da realidade em que nos encontramos. Estamos numa fase em que as empresas estão a tentar preservar a sua fatia do mercado», restringindo o acesso público à IA, lamenta.

Em alternativa, defende, «devemos incentivar os jovens e as pessoas que querem fazer coisas interessantes e inovadoras a usar esta tecnologia».

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