É a corrida à Casa Branca mais renhida dos últimos 60 anos. E o repórter de dados da CNN Harry Enten acredita que será a Pensilvânia a decidir o desfecho das eleições de 5 de novembro.
«Se virmos qual é o estado mais que fornece os votos eleitorais que são essenciais para chegar à maioria (270 votos), é a Pensilvânia que mais frequentemente vota com o vencedor», afirma o jornalista e comentador político.
Quem será mais provavelmente o próximo presidente dos Estados Unidos Kamala Harris ou Donald Trump? O que esperar da possível eleição de Harris? E que consequências pode trazer o regresso do Trump à Casa Branca?
Nesta entrevista, Harry Enten navega pelos dados das eleições americanas, explicando como funciona o sistema eleitoral do país, muito diferente daqueles em vigor nos países da Europa.
«No Estados Unidos, há 50 eleições estaduais – e também as do distrito da Colúmbia – e o vencedor em cada um desses estados fica com os votos do colégio eleitoral atribuídos a esse estado», explica. «Imaginando que Donald Trump ganha na Florida com 50% dos votos, contra 49% de votos em Kamala Harris, todos os votos do colégio eleitoral deste estado iriam para Trump», exemplifica.
Analisando as sondagens nacionais, Enten recorda que não servem para prever possíveis vencedores, mas apenas para mostrar o quão renhida pode ser uma eleição. E esta, em particular, descreve-a como uma «loucura».
Por norma, «há uma fase da campanha em que um candidato tem, pelo menos, 5 pontos percentuais de vantagem sobre o outro e, por um segundo, faz-nos acreditar que um dos candidatos ganhará as eleições com facilidade», diz.
No entanto, esta corrida à Casa Branca está a ser uma exceção: «quando olhamos para os estados decisivos, em todos eles, os candidatos estão separados por menos de 3 pontos percentuais- e na média nacional também».
Até ao dia da eleição, os candidatos terão de apostar em estratégias que lhes garantam o apoio dos eleitores indecisos, e o comentador político garante que são as posições de cada um quanto à Economia do país, a retórica e o reforço de anúncios televisivos que poderão fazer a diferença para aqueles que ainda não sabem em quem votar.
Grandes temas, grandes nomes num novo programa dedicado a entrevistas com personalidades internacionais ligadas à política, economia e sociedade. Conduzidas pelo jornalista Pedro Pinto, estas conversas, com convidados especiais, querem simplificar e ajudar a desmistificar alguns dos temas mais importantes da atualidade. Todos os meses, no site da Fundação.