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Esther Duflo: pobreza não é assim tão simples

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Dois dólares (cerca de 1,85 euros) por dia para pagar todas as necessidades. É esta a bitola do Banco Mundial para definir a pobreza extrema, já contabilizando diferenças no poder de compra entre os diferentes países do globo.  

Esther Duflo, distinguida com o prémio Nobel da Economia em 2019 pelo seu trabalho sobre formas de combater a pobreza extrema, dá pistas sobre os caminhos para travar as desigualdades. A autora defende «soluções práticas», argumentando que «é muito mais fácil pensar no efeito de algo do que na sua causa» e revela como pequenas medidas podem ter um grande impacto.  

A economista, defende uma abordagem aos problemas com uma "mentalidade de canalizador”. Com esta estratégia, mostra como é importante ir experimentado várias soluções até chegar a uma resposta que resolva o problema. 

Nesta entrevista, a Nobel da Economia explica como pequenas mudanças no acesso à saúde e à educação têm implicações de longo prazo na vida dos mais pobres. Dando como exemplo a desparasitação de crianças no Quénia, mostra como esta medida permitiu melhorias de saúde, mas também contribuiu para uma redução do absentismo escolar, dando aos alunos garantias de uma melhor aprendizagem. 

Esther Duflo também deixa claro o contributo da imigração para a economia dos países, salientando que a força de trabalho e juventude dos imigrantes ajudam ao desenvolvimento das nações e não ao seu empobrecimento.

No combate à pobreza, as alterações climáticas estão a alimentar novas desigualdades: são os países mais ricos os grandes poluidores, mas são os mais pobres quem está a sofrer de forma mais intensa as consequências da crise climática. Duflo apela por isso a um olhar global para este problema.

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Entrevista
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