A questão continuidade da União Europeia faz correr tinta há anos, alimentada por processos como o Brexit e pela falta de consenso interno em decisões chave – encabeçada quer pelas super-potências europeias (a França e a Alemanha) quer pelas ‘democracias iliberais’ (como a Polónia e a Hungria), consoante a natureza das políticas em causa. Mas a resposta da UE à pandemia da Covid-19 produziu resultados positivos, como a centralização da compra e distribuição de vacinas e o desenvolvimento de planos de recuperação económica.
A Guerra da Ucrânia parece ter unido os estados-membros contra um inimigo comum: a Rússia. Esta coesão em prol de um benefício maior traduziu-se, por exemplo, na definição rápida de sanções ao Kremlin e na mobilização de milhares de milhões de euros do orçamento europeu para a compra de equipamento militar destinado ao esforço de combate ucraniano.
Serão estes sinais de que a Europa é capaz de pôr de parte as diferenças e caminhar no sentido de uma maior unificação? O que pode mudar? Deve a UE ter capacidade de legislar sobre matérias que tradicionalmente são tratadas ao nível nacional? Com a candidatura de novos países à UE, qual será a sua política de expansão? Que papel terão as super-potências europeias na resolução dos desafios que a Europa enfrenta?
As respostas do ex-ministro da Defesa e da Administração Interna Nuno Severiano Teixeira, o embaixador da União Europeia no Reino Unido João Vale de Almeida, a ex-secretária de Estado da Defesa Nacional Ana Santos Pinto, e o embaixador jubilado Fernando d’Oliveira Neves.
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Debater os grandes temas que desafiam Portugal e o mundo, colocando frente a frente conceituados especialistas nacionais e/ou internacionais e uma plateia selecionada. É este o desafio do Fronteiras XXI, programa mensal da RTP3 que resulta de uma parceria entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos e a RTP.
Ao longo de 90 minutos, discutem-se temas que marcam a atualidade, mas também outros, menos mediáticos, que afetam o dia a dia dos portugueses para falar do presente a pensar no futuro.