No primeiro painel deste Encontro, sobre o envelhecimento e a qualidade de vida na terceira idade, Sibila Marques e Constança Paúl revelaram que as pessoas com uma boa rede familiar e de amigos e uma atitude positiva perante as diversas fases da vida «tendem a viver mais sete anos do que as pessoas com visões mais negativas». «Mais do que os aspetos físicos, o que faz envelhecer melhor ou pior são os aspetos psicológicos», notou Constança Paúl. «As nossas sociedades têm muito medo do envelhecimento. Não lidamos bem com ele e discriminamos os mais velhos», alertou Sibila Marques, especialista de idadismo.
Em Portugal vive-se a terceira idade com menos qualidade de vida do que noutros países com idêntica esperança média de vida, como a Suécia, afirmaram Luísa Lima e Sibila Marques (apontando para dados que são corroborados por estatísticas consultáveis no site Pordata). «As pessoas querem envelhecer em casa, esse é um dado transversal às várias sociedades», e «a tecnologia é uma grande promessa para o acompanhamento das pessoas idosas no futuro», referiu Sibila Marques. A aposta na tecnologia poderá ser particularmente importante para as pessoas residentes em meios rurais, que «têm menos recursos e estão mais sozinhas», razão pela qual «os estudos apontam que se envelhece melhor na cidade em Portugal», declarou Constança Paúl.
Conferências que reúnem os maiores especialistas nacionais e internacionais sobre temas que vão da ética à política, das mulheres aos jovens, da segurança social ao envelhecimento, da economia à ciência e ao universo.
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