No decurso da 944.ª sessão do Conselho de Segurança da ONU, a moção da Libéria, condenando Portugal «por fazer perigar a paz mundial» em Angola, é rejeitada com apenas cinco votos a favor. O delegado norte-americano, Adlai Stevenson, vota pela primeira vez com o grupo afro-asiático e a União Soviética, contra Portugal. O voto norte-americano seguiu-se à ausência de resposta de Salazar a um plano proposto pelos EUA. Os Estados Unidos pretendiam que Portugal aplicasse um conjunto de reformas na sua política colonial, «imperativas para o progresso político, económico e social de todos os habitantes das províncias africanas portuguesas em direção à sua completa autodeterminação». A posição assumida pelos Estados Unidos em março manter-se-ia inalterada ao longo de 1961 e parte de 1962. Neste período, os norte-americanos votaram favoravelmente diversas resoluções que condenavam a política colonial portuguesa, quer no Conselho de Segurança quer na Assembleia Geral das Nações Unidas.