13
Dezembro
1974
São detidos pelo COPCON os administradores do Banco Intercontinental Português (BIP) Eduardo Matos Castro, Joaquim José de Paiva Correia e o presidente da instituição, o banqueiro Jorge de Brito, bem como os administradores da Torralta, Agostinho da Silva, José da Silva Sarmento Rodrigues e João Maria da Silva Delgado. Os mandados de captura estendiam-se a outros administradores do BPI, Torralta, Crédito Predial e Sociedade Financeira Portuguesa. São acusados de «atos de sabotagem económica» e de exportação ilegal de divisas, num processo iniciado a 13 de novembro através da nomeação, pelo primeiro-ministro, de uma comissão de inquérito. Parte dos detidos serão presentes a um juiz a 18 de dezembro. No pós-25 de abril, a Torralta era a maior empresa turística do país e o banqueiro Jorge de Brito tinha interesses em 37 sociedades, entre as quais o BIP. Segundo as autoridades bancárias, Jorge de Brito utilizava os depósitos dos clientes para negócios pessoais, fazendo com que o BIP estivesse com frequência a descoberto nas compensações ao Banco de Portugal. Os irmãos Agostinho e José da Silva serão libertados a 29 de abril de 1975. Jorge de Brito permanecerá em prisão preventiva até 1976.