![Imagem da Serra da Peneda, da autoria do fotojornalista José Luís Jorge](/sites/default/files/styles/header_image/public/2024-07/_G6A07.jpg.webp?itok=VFLxMlDU)
Linha de fronteira
Ao longo de três meses, percorri a pé a fronteira mais antiga da Europa, a de Portugal. Da foz do rio Minho à foz do Guadiana, andarilhei 1400 quilómetros
seguindo uma linha invisível definida por cursos de água e por 5211 paralelepípedos retos numerados, os Marcos de Fronteira, a representação física da ideia de país.
Indissociável da linha de fronteira é o espaço adjacente, a Raia de um lado, la Raya do outro, território periférico, historicamente associado a episódios bélicos. Graças a esse mecanismo de grande alcance prático, o Acordo de Schengen, aproveitei a total liberdade de circulação para, de quando em vez, trocar a Raia por la Raya.
Pelo caminho, muitas surpresas, muitas descobertas, muitas idiossincrasias: o Couto Misto, um território que não era nem Portugal nem Espanha, um microestado independente até 1868, Olivença, de jure portuguesa, de facto espanhola, paisagens muito contrastantes entre si, intensamente verdes nuns sítios, estéreis como a pele seca de um lagarto noutros, lugares desertificados, comunidades esquecidas, cidades antigas, fiquei a par de projetos arrojados e de outros desastrosos, conheci toda a sorte de gente, pessoas comuns, autarcas, empreendedores, charlatães e figuras com destaque social. A tudo dei atenção, pois desde o primeiro passo foi minha intenção construir um documento abrangente do território fronteiriço e das populações que nele habitam.
![Imagem do Vale do rio Minho (a partir do alto da serra da Gávea). Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A03.jpg.webp?itok=9bZYdyCN)
![Imagem da Serra da Peneda, da autoria do fotojornalista José Luís Jorge](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A07.jpg.webp?itok=JrVEiHF5)
![Jürgen Voges e Torsten Grütjenmais, em Terras de Bouro. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A11.jpg.webp?itok=oh5x9UDI)
![Imagem de uma nogueira junto a uma camioneta abandonada próximo de Sendim. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_medium_mobile/public/2024-07/_G6A25.jpg.webp?itok=We_0z4it)
![Imagem de um campo de futebol abandonado em Lagoaça, Freixo de Espada à Cinta. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A27.jpg.webp?itok=Zu76Ntji)
![Imagem do restaurante, bar e local de tertúlia «Saborearia», em Figueira de Castelo Rodrigo. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A32.jpg.webp?itok=RDssiwFD)
![Imagem de um marco de Fronteira entre Vilar Formoso e Nave de Haver. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A36.jpg.webp?itok=jYCZMf6W)
![Imagem de Marco de fronteira em Serra das Mesas - Sabugal. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_medium_mobile/public/2024-07/_G6A38.jpg.webp?itok=i1QTCxOJ)
![Imagem da Ponte romana de Segura sobre o rio Erges. Em Segura, Idanha-a-Nova. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A45.jpg.webp?itok=aelGYFuX)
![Imagem do Interior do Forte da Graça, em Elvas. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A57.jpg.webp?itok=7-5VmBrY)
![Imagem do portal manuelino na Plaza de la Constitución, em Olivença. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A61.jpg.webp?itok=kshlJbbO)
![Mina de São Domingos, em Mértola. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_medium_mobile/public/2024-07/_G6A74.jpg.webp?itok=iyBJ92YG)
![Imagem de um posto da Guarda Fiscal abandonado, em Guerreiros do Rio, Alcoutim. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A79.jpg.webp?itok=R1sukkXg)
![Imagem de um casal germano-polaco no molhe da foz do rio Guadiana, Vila Real de Santo António. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A83.jpg.webp?itok=nLYkUPMG)
![Imagem da foz do Rio Guadiana, Ponta da Areia, Vila Real de Sto António. Crédito: José Luís Jorge.](/sites/default/files/styles/media_large_mobile/public/2024-07/_G6A84.jpg.webp?itok=v4H8cAzA)