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Entrevista

Ezinne Uzo-Okoro: exploração espacial não é assim tão simples

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Estaremos seguros a «pairar» no desconhecido? A exploração espacial tenta manter-nos a par do que é essencial para o futuro. É dos avanços da ciência, dos riscos da «privatização» do espaço ou do lixo em órbita que nos fala a investigadora em Harvard e especialista em políticas espaciais Ezinne Uzo-Okoro, nesta entrevista.

Olhar para o espaço já não é ficção científica – é sobrevivência. Dos satélites que vigiam o clima aos dados que antecipam catástrofes, a órbita da Terra tornou-se um espelho do nosso futuro.

Convidada desta edição de «Isto Não É Assim Tão Simples», Ezinne Uzo-Okoro, ex-diretora assistente de Política Espacial na Casa Branca, lembra que «através da exploração espacial e dos satélites aprendemos que a Terra está a mudar». Com informação em tempo real, antecipamos fenómenos extremos e protegemos vidas.

Mas quem protege o espaço? Hoje, milhares de fragmentos de lixo espacial viajam a 20 mil km/h e ameaçam missões e astronautas. Uzo-Okoro, também responsável por políticas espaciais sobre detritos orbitais, avisa: «há pedaços do tamanho de portas de carro que podem atingir uma estação espacial». A solução? Monitorização ativa e colaboração internacional. Mas será suficiente?

Essa dúvida agrava-se com a privatização da exploração do espaço. Com o fim da Estação Espacial Internacional previsto para 2030, surgem novos módulos comerciais com objetivos específicos – será uma oportunidade ou um risco? «A entrada do setor privado é entusiasmante», mas tem de haver cautela, segundo Ezinne Uzo-Okoro, que trata também de criar regulamentação espacial. Sem regras claras, o espaço pode transformar-se no próximo território sem lei.

Vale, então, a pena continuar a investir no espaço? Para além de todas as contribuições indiretas que a tecnologia usada na exploração espacial já nos deu – das comunicações à manufatura de próteses – Ezinne responde: «Munidos com mais informação, somos uma espécie mais conhecedora». Se queremos sobreviver, será que teremos de começar a olhar mais para cima?

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