Micro é a palavra que melhor caracteriza o tecido empresarial português. Segundo a Pordata, cerca de 96% das empresas nacionais têm menos de 10 empregados e um volume de negócios anual até 2 milhões de euros. Apenas 0,1% são consideradas de grande dimensão. É assim há mais de uma década.
Mas esta prevalência de pequenas e médias empresas constitui um fator de vulnerabilidade para a economia do país. As dificuldades de financiamento são maiores, o risco de perda de emprego também é superior e a dependência dos apoios do Estado é quase total.
O choque provocado pela crise pandémica expôs ainda outras fragilidades, como a fraca produtividade, a baixa qualificação da mão de obra e a ineficiência das organizações. Tudo obstáculos ao desenvolvimento e crescimento económico.
Afinal, de que empresas e empresários precisa Portugal para não ser tão vulnerável a crises económicas? Que estratégias devem ser adotadas para os negócios nacionais conseguirem competir num contexto europeu e global? Que caminhos se abrem para as empresas portuguesas num mundo cada vez mais digital, automatizado e robotizado? Quanto se investe em inovação? E será que tem valido a pena estreitar relações com universidades?
Neste episódio de Fronteiras XXI, debatemos as perspetivas para o tecido empresarial português na próxima década e contámos, ainda, com uma entrevista exclusiva à fundadora e CEO da empresa tecnológica DefinedCrowd, Daniela Braga.
FFMS: Crises na economia portuguesa
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Debater os grandes temas que desafiam Portugal e o mundo, colocando frente a frente conceituados especialistas nacionais e/ou internacionais e uma plateia selecionada. É este o desafio do Fronteiras XXI, programa mensal da RTP3 que resulta de uma parceria entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos e a RTP.
Ao longo de 90 minutos, discutem-se temas que marcam a atualidade, mas também outros, menos mediáticos, que afetam o dia a dia dos portugueses para falar do presente a pensar no futuro.