A transição energética ganha nova urgência a cada ano que passa.
2022 começou com uma situação de seca que obrigou à suspensão da produção de energia hidroeléctrica em cinco barragens, no país. E cenários como este tenderão a multiplicar-se.
Mas só alguns países estão a trabalhar em contra-relógio para tentar travar os impactos do aquecimento global. Portugal é um deles.
A nível mundial, ocupa a 19.ª posição no Índice de Transição de Energia 2021 – à frente dos EUA. E na Europa destaca-se entre os que consome mais energia limpa: 58% – acima da média de 37%.
Ainda assim, os sucessivos aumentos nas faturas da eletricidade e dos combustíveis podem ameaçar as campanhas pela sustentabilidade ambiental.
Será que Portugal tem capacidade financeira, tecnológica e humana para aproveitar as condições naturais do seu território e capitalizá-las em forma de energia solar, eólica ou do mar? As energias renováveis acarretam riscos? Será o hidrogénio a resposta para os desafios de armazenamento? Devemos considerar outras fontes, como o nuclear? Poderá o país integrar a cadeia de valor das baterias na União Europeia? Quanto vamos pagar pela energia?
Neste Fronteiras XXI, debatemos os passos que Portugal ainda tem de dar para entrar no novo paradigma energético, e os obstáculos que o país poderá encontrar no caminho.
Eurostat: «A Guided Tour of Energy Statistics 2021 Edition»
A importância da emergência climática
Júlia Seixas: «Não é suficiente descarbonizar apenas a componente energética»
Teresa Ponce de Leão: «Necessitamos de mais investimento em postos de abastecimento [eléctricos]»
Comunidades de energia renovável: democratizar ou excluir?
Jorge Vasconcelos: «A energia precisa de mais democracia; a democracia precisa de mais energia»
Debater os grandes temas que desafiam Portugal e o mundo, colocando frente a frente conceituados especialistas nacionais e/ou internacionais e uma plateia selecionada. É este o desafio do Fronteiras XXI, programa mensal da RTP3 que resulta de uma parceria entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos e a RTP.
Ao longo de 90 minutos, discutem-se temas que marcam a atualidade, mas também outros, menos mediáticos, que afetam o dia a dia dos portugueses para falar do presente a pensar no futuro.