Eleições

Por força do contexto do Brexit, a primeira-ministra conservadora Theresa May leva a cabo eleições gerais no Reino Unido, três anos antes do tempo regulamentar e em busca de uma legitimidade acrescida que lhe permita negociar o Brexit. Acabou por ter de governar em minoria parlamentar, tendo por isso de conseguir o apoio parlamentar dos 10 deputados do DUP da Irlanda do Norte. O Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn consegue alargar a sua base eleitoral pela primeira vez desde 1997.

Emmanuel Jean-Michel Frédéric Macron vence a segunda volta das eleições presidenciais, com 66,1% dos votos e é eleito o novo Presidente da França, tomando posse em 14 de maio. Marine Le Pen ficou-se pelos 33,9%.

Primeira volta das eleições presidenciais francesas. O candidato Emmanuel Macron alcança 24% dos votos e Marine Le Pen 21,3%, passando ambos à segunda volta.

Eleições legislativas na Holanda, com a extrema-direita de Geert Wilders a liderar as sondagens. Acaba por não vencer as eleições, mas obriga a um Governo de coligação de quatro partidos para contornar o seu peso eleitoral.

Donald Trump, homem de negócios nova-iorquino e candidato presidencial do Partido Republicano, toma posse em Washington como 45.º Presidente dos Estados Unidos da América. Foi o primeiro candidato a ser eleito que não detinha qualquer cargo político anterior, nem era general das forças armadas. O debate sobre a quantidade de pessoas presentes na cerimónia pública que teve lugar no Mall daquela cidade norte-americana, conheceu diversas versões, quer do próprio Presidente quer dos seus detratores e da imprensa em geral. A mensagem principal e nacionalista – «a América primeiro» – faz antever, desde logo, guerras comerciais que põem em causa a ordem internacional estabelecida desde o final da Guerra Fria, ou mesmo da II Guerra Mundial.

Donald Trump anuncia que vai nomear o genro Jared Kushner para um cargo importante na Administração dos EUA, numa prática nepotista que virá inclusive a abranger a mulher deste e filha de Trump, Ivanka Trump

O futuro Presidente dos EUA, Donald Trump, deita por terra as pretensões de dois congressistas republicanos através de dois tweets, uma rede social que saberá transformar em instrumento político perigosamente eficaz durante toda a sua presidência.

O candidato ecologista Alexander Van der Bellen vence as eleições presidenciais austríacas por 51,3% dos votos, contra o candidato da extrema-direita Nobert Hofer, com 48,7%. Trata-se da repetição da segunda volta, realizada em maio, mas que o Tribunal Constitucional tinha declarado nula, após queixa do já então derrotado Hofer, com 49,7% do eleitorado contra 50,3% de Bellen.

Vitória do “não”, por 19 pontos percentuais, no referendo em Itália à reforma constitucional que o primeiro-ministro Matteo Renzi transformou num referendo à sua governação. Em virtude da crise gerada e a pedido do Presidente da República, Sergio Mattarella, Renzi considera adiar o seu pedido de demissão, mas acaba por o entregar a 7 de dezembro.

Eleições presidenciais nos EUA, ganhas pelo candidato republicano Donald Trump, que logrou alcançar 304 grandes eleitores, enquanto Hillary Clinton, candidata democrata, se ficou pelos 227. Contudo, em termos de voto popular, Clinton recolheu 65 858 516 votos (48,2%), ao passo que Trump se ficou pelos 62 984 825 (46,1%). Ao conseguir o voto da Pensilvânia, do Michigan e do Wisconsin, Trump garantiu a presidência e abriu brechas em Estados historicamente democratas, mas onde a globalização deixara caminho aberto ao populismo.