A auto-intitulada Frente de Salvação Nacional envia, através do major Sanches Osório, um documento a António de Spínola, que o altera. Nasce assim o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), que tem por objectivo «mudar o curso da revolução portuguesa». Segundo Spínola é necessário criar «uma frente unitária de resistência e combate à ditadura marxista instalada no meu país». Ao contrário do ELP, este outro movimento violento anti-comunista afirmava pretender «instaurar em Portugal uma democracia social, pluralista e livre». Será directa e indirectamente responsável por dezenas de atentados, sobretudo durante o Verão de 1975 e o início de 1976. O MDLP foi dividido em quatro setores: Estado-maior, dirigido por Dias Lima; operacional, chefiada pelo comandante Guilherme Alpoim Calvão; setor de estudos políticos conduzido por José Miguel Júdice; Ultramar encabeçado por Santos e Castro. Colaboraram ainda em determinados momentos, Francisco Van Uden, ligado ao ELP, e Valdemar Paradela de Abreu do denominado «Movimento Maria da Fonte».